Por Cultura Plural
Por Duda Macedo
Entre os dias 6, 7 e 8, mais de 50 tatuadores se reuniram na quarta Convenção de Tatuagem de Ponta Grossa, que ocorreu na sede do Clube Verde, no centro da cidade. Nesta edição, organizada pelo estudio de tatuagem R A Loreno Tattoo Studio os profissionais poderiam inscrever suas obras em 18 categorias (fechamento, new school, old school, pontilhismo, aquarela, lettering, comics, colorido, preto e cinza, neo trad, iniciante, realismo, dracalibur, oriental, black work, fine line e portrait).
O tatuador Caverna é de Curitiba e participou da convenção de Ponta Grossa pela primeira vez. Sua história com a tatuagem começou há quatro anos, quando quis começar a se tatuar com materiais do seu tio, que também era tatuador na época. No evento, ele competiu nas categorias comics e colorido, modalidades que teve vontade de se especializar devido ao gosto pessoal. “Eu decidi participar do evento em busca de conhecimento. Aqui tem muitos tatuadores grandes, além dos próprios jurados renomados”, observa. Para ele, a tatuagem ainda carrega tabus: “Principalmente para você conseguir um trabalho, é um preconceito que ainda existe, mas as coisas estão mudando”.
Em eventos como este, os tatuadores buscam “telas”, ou seja, pessoas que vão ser tatuadas por um valor mais barato por participarem do concurso. As telas normalmente enfrentam longas horas durante os três dias, realizando a tatuagem que vai concorrer. Emily Nayane é tatuadora, mas foi tela de outra artista na convenção por admirar o seu trabalho e ser uma oportunidade única de receber uma arte autoral que pode ser ganhadora de um prêmio.
A preparação para ser tela começa dias antes do evento com a hidratação da pele e do corpo. Nayane, por exemplo, teve uma boa noite de sono e levou para o evento coisas para se entreter, como materiais de crochê e um livro para a leitura, para enfrentar as horas de espera. A tatuagem de Nayane acabou levando o troféu de segundo lugar de Blackwork.
Além da tatuagem, a convenção teve outras atividades, como shows de bandas locais, suspensão corporal, atividades infantis, concurso de miss tattoo, roda de capoeira, batalha de rima, entre outros. No local, também foram comercializados artesanatos, roupas, comida e bebida.