No dia 21 de outubro, foi a vez das bandas Tiriva Instrumental e Chave de Mandril subirem ao palco do Sexta às Seis. Foi a quinta das nove edições do festival no ano de 2022, e as apresentações contaram, como de costume, com a animação da plateia, que recebeu de bom grado a mudança de tom nos ritmos: dessa vez, ambas as bandas vieram carregadas de sons inspirados em música latina e, principalmente, brasileira. Também houve outra mudança significativa no final de outubro: pela primeira vez no ano, mulheres faziam parte da composição da banda, com Aline Garabeli no teclado da Tiriva Instrumental e Nana Holz na bateria da Chave de Mandril.
O primeiro grupo a se apresentar foi Tiriva Instrumental. Não foi a primeira vez neste ano em que uma banda completamente instrumental foi atração no Sexta às Seis. Em julho, no começo do cronograma, Hoovaranas também trazia uma proposta instrumental, apesar de diversas mudanças entre os dois grupos. Tiriva Instrumental surgiu em 2018, e se apresentou pela primeira vez no Sexta às Seis em 2019. O grupo tem a ideia de trazer para a cidade música instrumental que faça referência à diversidade da música popular brasileira e latino-americana. A banda lançou seu primeiro projeto autoral em 2020, um álbum intitulado “Ovo”.
Para o guitarrista da banda, Fernando Bertani, a apresentação deste ano veio com um tom de curiosidade por parte da banda, já que, tradicionalmente, quem ocupa o palco do Sexta às Seis são bandas de rock clássico. “Aí chega a Tiriva Instrumental e toca um show autoral, com som instrumental e referências latinas e brasileiras”, observa, segundo as expectativas da banda. Apesar da curiosidade, para a Tiriva Instrumental o retorno do público foi satisfatório e o show foi marcado por felicidades: “palcão, fim de tarde de primavera, praça cheia, bandeiras bonitas, um respiro!”.
Logo em seguida, a banda Chave de Mandril ocupou seu espaço no palco. O grupo surgiu em 2014 e, desde então, passou por três reformulações em sua composição: hoje, a Chave de Mandril conta com seis integrantes. Desde o início de sua formação, o grupo desenvolveu diversos projetos, como a Chave Junina, o Especial Belchior e o Bloco da Chave. Hoje, a banda se prepara para outro projeto significativo: o primeiro álbum autoral, com expectativa para lançamento em 2023.
Segundo a própria banda, a Chave de Mandril é uma mistura das bagagens musicais de todos os integrantes, fazendo com que exista uma flexibilidade nos ritmos e canções tocadas. Rômulo André, vocalista da banda, conta que eles já haviam se inscrito para as seletivas do festival em anos anteriores, e, dessa vez, conseguiram entrar para o cronograma de apresentações. “Temos oito anos de existência, e participar do Sexta era um dos objetivos da banda, pela história e representatividade que o projeto tem dentro da cidade. Adoramos e, com certeza, queremos voltar”, conta Rômulo.
Rômulo André em apresentação no Sexta às Seis | Foto: Maria Helena Denck
O festival continua no dia 11 de novembro, com apresentações dos grupos Hemmera e Land of Souls. O cronograma completo está disponível no site da Secretaria de Cultura da cidade.