“Olá, e até logo
Sou eu de novo
E eu imploro
Socorro”
Pode chegar com tudo inverno
Tenho aguardado o frio com esmero
Sempre odiei a sensação de aperto
Mas a estação passa, e eu permaneço
O castelo da rua de baixo está em ruínas
O vento áspero congela minha alegria
Amiga? Amiga é a palavra que me domina
O resto são sussurros em ventania
Você gosta tanto de falar
E para explicar, economiza palavras
Quem desapareceu com a sua língua?
E porque também não o fez com a minha?
Passe seu tempo
Com quem entender
Que esse pouco
É seu inteiro
E se o inverno chega
E você vai embora
A resposta que sobra
É à noite afora
Me contate quando precisar guardar os portões
Quando tiver algo bom a acrescentar às minhas canções
Tente me deixar triste e eu transformarei em rima
Mas os que me fazem feliz, eu transformo em poesia
O verão é sinônimo das nossas fantasias
Aquilo que sonho é também parte da conquista
Somos sempre as últimas, antes da descoberta
Nunca antes de ser, eu quis de fato pertencer à elas.