Eu sou contra o cinema novo porque eu acho que depois dele ter apresentado as melhores ambições e o que tinha de melhor, de 62 a 65, atualmente ele é um movimento de elite, um movimento paternalizador, conservador, de direita. […] O cinema novo está fazendo exatamente aquilo que em 62 negava. O cinema novo […]
Em 1964, quando a Ditadura Empresarial-Militar se instalou, os militares prometeram (re)construir um tipo de Brasil. Nascia ali uma promessa abstrata de nação, onde o outro tornava-se subversivo, o problema a ser resolvido. Inspirados pelo nazismo e pelo sistema de torturas otimizado (principalmente) por Estados Unidos e França, a solução foi dada: a morte foi […]
Quando se fala em documentário, principalmente aqui no Brasil, Eduardo Coutinho é incontornável. O que faz Coutinho ser um mestre do método documental é a sua sensibilidade para escutar e olhar. Quem já teve a oportunidade de assistir qualquer obra do diretor sabe do que estou dizendo: Coutinho trabalha com o plano dos sentimentos, do […]
Cinebiografia está longe de ser meu gênero favorito. Comumente, meu incômodo com obras cinebiográficas está nos cacoetes típicos: uma obrigação em explicar e/ou informar cada momento da vida do biografado ou da biografada; a narrativa episódica exaustiva; a linearidade formal dos fatos; etc. De cara, meu primeiro problema com Homem com H (2025) está na […]
O aceno é o primeiro movimento da interação. É um convite ao diálogo, à exposição de vontades e subjetividades. Um aceno à mise en scène é a tentativa de interagir com a Sétima Arte, a fim de revelar as conversas entre obras e espectadores. O que será desvelado por aqui são meus acenos ao que […]