Por Cultura Plural
Por Fabricio Zvir, Mariana Krankel e Vinícius Orza
Um clima descontraído repleto de boas risadas marcou o musical Aladdin que ocorreu nos dias 05 e 06 de agosto no Auditório A do Cine Teatro Ópera. O espetáculo, dirigido por Renan Simionato e interpretado pelos integrantes do grupo de teatro do Colégio Sant’Ana, teve os ingressos esgotados em duas das três sessões apresentadas e atraiu pessoas de todas as idades.
A peça contou com mais de 30 atores e teve seu roteiro adaptado pensando em trazer os momentos icônicos dos filmes originais, mas também adaptar com toques diferentes, como na criação de novos personagens, o Oráculo e os Ajudantes do Gênio, além de piadas oriundas do cotidiano ponta-grossense. A quarta parede foi quebrada em diversos momentos em que os intérpretes interagiam com a plateia, utilizando técnicas de improvisação, tudo muito bem recebido pelo público que participou ativamente ao longo da apresentação.
O ator Thiago Dal Col de Quadros, que interpreta o personagem Jafar, mostra entusiasmo com a interação da plateia, que segundo ele tornou a experiência mais imersiva e real, e ainda relata a dificuldade com a cena final. ‘’A atriz da Jasmine é minha amiga, e o tapa precisava ser real, então eu sempre ficava preocupado ao interpretar esta cena e pedia muitas desculpas a ela após a interpretação’’, revela.
Foto: Mariana Krankel
O personagem do Gênio da Lâmpada, Emanuel Henrique Martins Pereira, conta sobre a etapa de ensaio para a peça. ‘’Para cada um o processo foi diferente para ensaiar, mas no geral todos nós já entramos no personagem antes de começar a interpretar, o que ajuda a lembrar de todas as falas”, explica. O ator diz que o elenco estava o tempo todo atuando, mesmo entre eles, e fazendo improvisos sobre as falas. “Basicamente, eu colocava na minha cabeça que eu não era mais o Emanuel, e tudo fluia’’. Por fim, destaca que a parte mais difícil foi aprender a cantar e projetar a voz mais alto, algo que as aulas de balé e canto o ajudaram.
O idealizador de todo o espetáculo foi Renan Simionato, professor que assumiu a produção da peça por mais de nove meses para que tudo estivesse pronto. ‘’Meus atores têm total liberdade em cena, eu trabalho contra o método de robotizar a atuação e viso sempre trazer o máximo de espontaneidade para as cenas, além do incansável preparo de todos para saberem se comportar até mesmo nos eventuais erros’’, afirma. Dentre os inúmeros desafios de se produzir um musical, foram destacados a dança, o figurino e a maquiagem. ‘’É preciso criar carisma com o público, por isso tivemos de ter carinho em tudo o que fazíamos para gerar conexão com quem fosse assistir, por isso todas as roupas são tão detalhadas, tivemos muito foco nisso”, diz.
Por fim, prometeu pelo menos mais cinco peças até o final do ano, incluindo a adaptação de Alice no País das Maravilhas, realizada pela turma de teatro do Colégio Sepam, e um possível espetáculo de Natal. Renan ainda explica o porquê de ter fornecido meia entrada para todos. ‘’Após trabalhar por oito anos com teatro escolar, eu sempre estive no processo de tentar entender até onde poderíamos chegar, assim, chegamos neste valor acessível de R$20, ainda mais tendo em vista os mais de 20 mil reais da produção total’’, conclui.
A peça já havia sido apresentada nos dias 12 e 13 de dezembro de 2022 e após a evolução e sucesso na reapresentação deste ano, o diretor expressa o desejo de levá-la adiante, explorando outros mercados e cidades no futuro.
Foto: Fabricio Zvir