Lua nova
Você só gosta das minhas palavras quando elas são poesia
Quando são pedidos de socorro em meio às lágrimas, é demasia
E apesar da poética me manter viva
Não se é suficiente viver como poetisa
Não quero ousar te culpar, mas tampouco essa culpa é minha
Se mesmo ao estar dentro dos teus braços, eu me sentia sozinha
Usufruindo da palavra, com sabedoria
Perdão, é que cresci em meio à fantasia
Sou muito legal para viver me mutilando por pessoas medíocres
Por quê a grandeza do meu ser insiste em caber em tua pequenez?
Talvez o que considerasse insuficiência
São apenas sobras, que não tomei ciência
Ser um de seus segredo não preenche quem vive para dramatizar
Me traga mais felicidade que os balões coloridos e aprenderei a amar
Não carece ser um sonho de infância
Basta alegrar-me em meio à vida adulta
Um pingente de coração dourado e um lenço preto no meio da rua
Quando for amada quero ter certeza que estará comigo olhando a lua
Mesmo que do outro lado dessa terra
Ou em outras, onde a vivência é eterna.