Debaixo do tapete
Não sinto verdade na pronúncia do meu nome no timbre da sua voz
Sou apaixonada no céu porque o acho mais honesto que nós
Ele chove quando pesa e colore quando a chuva passa
Se despede do sol e deixa em si cores como a sua marca
Tão óbvio, no brilho dos meus olhos, é o fato que te quero
Todavia, nessa vida, entendi que eu quero tanta coisa
Que se somente a força do querer fosse suficiente
Talvez, no final das contas, eu nem quisesse você
É deveras mais difícil dizer “eu sei” do que “não encontrei”
Sobre o que dentro da minha cabeça não me faz bem
Estou sentindo tudo ao mesmo tempo desde que acordei
Entre lágrimas e movimentos incessantes, me exaltei, porém
Na urgência de esconder as coisas, eu me deparei
Com dezenas de pedaços pertencentes à outro alguém
Os quais eu empurrei para bem debaixo do tapete
E depois embrulhei de presente, ou esqueci e guardei.