Caravela da Ilusão: Peça brinca com o capitalismo e memórias no 50º Fenata
novembro 26, 2022
Categorias: FENATA;

Caravela da Ilusão: Peça brinca com o capitalismo e memórias no 50º Fenata


Por

Na noite do dia 10 de novembro, a peça Caravela da Ilusão marcou o Cine Teatro Ópera, na 50ª edição do Festival Nacional de Teatro (Fenata). Estrelado por Matheus Gonçalves, Felipe Santos e Victor Ferreira e dirigido por Jonatas Noguel, o grupo é de Limeira, São Paulo. A peça é baseada, de acordo com o diretor, em diversos contos mitológicos, principalmente no folclore mineiro.

A história conta sobre Pelayo, Vó Altina e Jardel, um soldado, uma senhora e um general que desembarcam numa ilha depois de um naufrágio. Depois de dias e dias vivendo um ciclo, são surpreendidos por um anjo misterioso que caiu na ilha. Aos poucos, a família começa a monopolizar a criatura, trancando-a numa jaula e cobrando pelas visitas ao ‘anjo curador’. Os próprios moradores começam a adorar a entidade como um deus que eles mesmos enjaularam, esperando que o anjo realize suas vontades mesmo estando preso. Entretanto, depois de sete anos a criatura se solta, revelando sua verdadeira missão. No final do espetáculo é possível entender que aqueles personagens estavam passando pela transição do mundo dos vivos para o dos mortos 

O espetáculo brinca com as cores, em que o azul e o amarelo demonstram se eles estavam no mar ou em terra firme, sendo usado também para as intensidades emocionais de cada personagem. Conta com trilha sonora produzida ao vivo pelos próprios atores durante a apresentação, com paródias de cantigas e hinos religiosos que marcaram a infância dos artistas. A apresentação conquistou no Fenata o prêmio na categoria de “Melhor maquiagem”.

The following two tabs change content below.
Iolanda Lima

Iolanda Lima

Oi! Me chamo Iolanda Lima e estou no segundo ano de jornalismo na UEPG. Sou de Telêmaco Borba e desde pequena me interesso pela arte e pela cultura paranaense. As representações culturais e artísticas são, pra mim, o que mantém a sociedade maquinando. Arte é resistência!

Deixe um comentário