Entre os dias 26 de agosto e 7 de outubro, o palco do Sexta às Seis, localizado logo ao lado da pista de skate do Parque Ambiental, ficou vazio. Entre os fãs do festival, ficava a dúvida cada vez que uma sexta-feira se aproximava: será que hoje tem apresentação? O retorno tão aguardado aconteceu na noite do dia 7 deste mês, com a presença de duas bandas que já haviam pisado naquele palco antes: Notórios Bardos e Garimpeiros da Lua.
No ar, a sensação de alívio e felicidade pelo retorno era clara e palpável. Não é estranho ver os fãs do Sexta às Seis dançando em frente ao palco, mas, dessa vez, a impressão era de que tudo estava mais intenso. Os públicos se misturavam entre pessoas vestindo fantasias, camisetas das bandas que estavam tocando ou simpatizantes que ainda não eram familiarizados com os grupos. Com essa diversidade, o palco se tornou espaço de descoberta e de redescoberta da música ponta-grossense.
A primeira apresentação ficou por conta da Notórios Bardos, banda iniciada em 2017 e que teve sua estréia nos palcos em 2018. Um ano depois, em 2019, o grupo tocava pela primeira vez no Sexta às Seis. A Notórios Bardos apresenta inspiração em músicas celtas, irlandesas e piratescas, além de outras influências. A apresentação contou com músicas originais, incluindo as lançadas no primeiro EP da banda produzido pelo Estúdio Piralinda e lançado em 2022, e músicas clássicas, como “Rasputin”, da banda Boney M, que fez com que a plateia entrasse em um estado de euforia. A alegria dos músicos, reunida à conexão com o público e a qualidade da apresentação, fizeram com que o Parque Ambiental se transformasse em uma festa.
Gustavo Mayer, vocalista da Notórios Bardos, fala sobre as diferenças entre a apresentação de 2019, um ano antes da pandemia, e a de 2022, logo no retorno das atividades do festival após anos de pausa: “O público estava com mais energia, o local estava mais cheio e nós estávamos com mais sangue no zóio para tocar”. Para Mayer, a apresentação na edição do Sexta às Seis de 2022 ficará marcada para sempre como algo especial em sua trajetória.
A segunda banda a se apresentar foi Garimpeiros da Lua, já conhecida do festival. O grupo já havia se apresentado nas edições de 2007, 2008 e 2017, e as experiências positivas que tiveram foram motivadoras. “A sensação de participar da cena cultural da cidade é contagiante, o que nos motivou para nos inscrevemos novamente e podermos tocar agora”, explica Bruno Viezzer, guitarrista da banda.
A Garimpeiros da Lua trouxe para o palco do Sexta às Seis um gênero conhecido e amado pelo público que frequenta o festival assiduamente: o rock n’ roll. Desde a criação da banda, em 2006, o objetivo era trazer o gênero do rock para animar os locais por onde passavam, o que levou o grupo a ter experiências na cidade, como a premiação no Concurso Geração Munchen, em 2008, e em outros locais, como a abertura para o show da banda Nazareth em Curitiba, em 2011. Para o palco do Sexta às Seis, a banda trouxe a mesma energia, cativando o público e demonstrando domínio da presença de palco e excelente qualidade musical.
As próximas apresentações do Sexta às Seis acontecem nesta sexta-feira, 21, com a presença das bandas Tiriva Instrumental e Chave de Mandril. A programação completa está disponível em edital publicado pela Secretaria Municipal de Cultura de Ponta Grossa.