Por Cultura Plural
Aconteceu nesta terça feira, dia 25, o lançamento da Exposição de Fotos Interidades, no Centro Europeu de Ponta Grossa. O trabalho é resultado de um projeto de musicalização, coordenado por Eziquiel Ramos, da Secretaria de Educação e Cultura de Carambeí e da coordenadoria do Curso de Fotos do Centro Europeu. O grupo realizou várias apresentações na cidade de Ponta Grossa.
O projeto consiste em aulas para inserir o pessoal da terceira idade no âmbito musical. As atividades incluíam aprender a ler partitura, trabalhar com notas musicais, intensidade, ritmo, técnicas de voz e técnicas do coral. Segundo Eziquiel a principal dificuldade foi fazer com que elas conhecessem o projeto. “Elas perderam a timidez, aprenderam a socializar e o que proporcionou isso foi essa dinâmica”, conta.
Eziquiel explica que a ideia era ter as fotos primeiramente como registro pessoal e para divulgação em congressos nacionais. Surgiu então, uma parceria com alguns amigos que eram fotógrafos e a ideia da exposição. A mostra contou com a participação de seis fotógrafos.
Um deles, Phelip Willian, destaca a importância do projeto enquanto mobilização social.“Esse projeto cria relações muito fortes e nos faz lembrar da nossa humanidade através do contato com o outro”, relata.
A também fotógrafa e assessora de imprensa do projeto, Nicoly França, destaca a importância de iniciativas como essa para a região. “O projeto é de Carambeí mas as apresentações acontecem também em Ponta Grossa, então acrescenta muito para a região. Acho importante que surjam mais iniciativas como essas e, pra isso, seria ideal mais incentivo até mesmo do governo. A maioria desses projetos começam como trabalho voluntário”, declara.
Uma das senhoras envolvidas na produção, Angelina da Luz, ressalta que “a gente começou a viver de novo”. Segundo ela, o projeto ajudou na suasocialização. “A gente dançou até a dança dos índios que eu pensei que a gente não ia aprender, mas aprendemos e foi muito bom”, completa.
Já a Secretária de Educação e Cultura deCarambeí, Ana Wieslava, destaca a singularidade da iniciativa cultural. “É um projeto único. Através dele, foi possível mostrar que só é possível a educação hoje no mundo reunindo pessoas de diversas idades, níveis culturais e sociais. Não há nenhum outro projeto parecido com esse”, enfatiza.
A partir do dia 26 de novembro, a exposição é aberta ao público e em 2015, ela percorrerá por outras cidades dos Campos Gerais.
Reportagem de Leonardo Mordhost e Marina Scheifer