Por Cultura Plural
Por Lucas Jolondek
O mais novo álbum da Rosé já está disponível nas plataformas digitais. A integrante do grupo de K-pop “Blackpink”, um dos grupos femininos de maior sucesso musical, foi a primeira a lançar um trabalho solo. O álbum marca a independência criativa da artista fora da empresa Sul-Coreana YG Entertainment, que administrava toda a carreira da loira e das outras integrantes do grupo. Rosé trabalhou no grupo desde 2016 e, após quase dez anos de carreira, seu primeiro álbum de estúdio – intitulado “Rosie” – foi lançado pela gravadora “Atlantic Records”.
“Rosie” estreou no Brasil na meia noite do dia 6 de dezembro, com 12 músicas que contam histórias de amor, antigos amores fracassados, relacionamentos tóxicos e divergências amorosas. “Rosie” debutou com a maior estreia do ano de um artista de K-pop no Spotify Global, com 28.07 milhões de streams. O álbum é marcado pela sonoridade mais melancólica constante em suas músicas, com melodias lentas e impactantes, letras profundas e pessoais, além dos temas abordados.
A neozelandesa já possuía três músicas solo: “On the Ground”, “Gone” e “Hard to Love”. “On the Ground” explica o auto descobrimento de Rosé que, apesar de tudo que alcançou ao longo de sua vida, sempre precisou estar “no chão” ao seu alcance e de onde ela sempre teve acesso. “Gone” conta sobre um amor fracassado, o rompimento do relacionamento e a dor de perder seu amor: “todo o meu amor se foi”. “Hard to Love” trata da dificuldade em amar e ser amado e os problemas que a cantora apresenta com comprometimentos e confiança. “Amor, tudo que estou tentando fazer é te poupar da dor. Porque eu sou difícil de amar, acho difícil confiar, Quando é bom demais, eu simplesmente fodo tudo”.
“APT. (feat Bruno Mars)” foi o lead single do álbum, estreado no dia 18 de outubro, ganhando o título de maior debut entre a parceria de um homem e uma mulher em 2024. Além da conquista de um Perfect All-Kill, que representa o topo de todos os charts sul-coreanos. “Number one girl” foi anunciado como segundo single, duas semanas antes do lançamento do álbum. “Toxic till the end”, terceiro single do “Rosie”, no clipe dirigido por Ramez Silyan traz a representação de um relacionamento tóxico junto do ator e skatista Evan Mock.
Discografia do Albúm
1- Number one girl: a música retrata a vontade da cantora em relação à validação amorosa e o anseio por ser vista e ser “a garota número um” aos olhos do seu parceiro. A canção também traz a vontade de querer ser a pessoa escolhida pelo seu interesse amoroso.
2 – 3am: retrata a busca constante por um relacionamento e a conexão amorosa com alguém, como é cantado no início da música “eu acabei de ver uma bandeira vermelha, eu vou fingir que não vi isso”, que sugere ignorar os problemas do parceiro a favor da conexão amorosa. A importância de ter alguém para compartilhar momentos felizes e íntimos aparece na frase: “quando são 3 da manhã, eu só quero que seja você ao meu lado”.
3 – Two years: a música conta a história de uma pessoa que não consegue se desapegar de seu relacionamento passado e tem um grande apego emocional em suas memórias com o par romântico. Mesmo após dois anos, a dor é um sentimento frequente em toda música: “Não faz sentido eu não conseguir seguir em frente”. O parceiro nunca realmente saiu de sua vida. A presença contínua causa muita dor, expondo que o tempo não foi suficiente para curar as feridas deixadas por esse amor.
4 – Toxic till the end: a música retrata as problemáticas de um relacionamento tóxico em ambas as partes, assim como a dificuldade de finalizar o ciclo vicioso do relacionamento com idas e vindas constantes.
5 – Drinks or coffee: a música traz a descoberta de sentimentos por uma pessoa por quem você não deve se apaixonar. Os sentimentos crescendo por alguém que inicialmente era apenas um amigo. A grande dificuldade de expressar seus verdadeiros sentimentos é constante na música: “Não precisamos conversar, sei que você me quer”.
6 – APT. (feat. Bruno Mars): carro chefe do álbum, a música é inspirada no jogo de bebida tradicional coreano, em que os jogadores empilham suas mãos de maneira aleatória, enquanto cantam “apateu, apateu” (derivado de apartamento). O líder escolhe um número e consecutivamente o jogador com a mão mais baixa eleva para cima, sendo o andar do apartamento.
7 – Gameboy: retrata a decepção com relacionamentos que não são feitos para durar e uma pessoa que sempre tratou o amor como um joguinho. A constância da queda da cantora em relação a outra pessoa aparece na repetição da palavra “decepção”.
8 – Stay a little longer: é a narradora implorando para o seu parceiro ficar junto com ela, para não abandoná-la por pelo menos mais um pouco de tempo. Isto retrata o local de partida do seu par, com maneiras de fazer o término do relacionamento não ser tão doloroso: “me faça te odiar, para que eu não precise sentir sua falta”. Durante toda a música, Rosé utiliza de formas de implorar para que “fique um pouco mais”.
9 – Not the same: a música retrata a transformação do amor que se desgastou com o tempo, quando as conversas se tornam repetitivas e seu parceiro se torna alguém indiferente. A música faz refletir sobre as conexões e sentimentos humanos e a fragilidade de se romperem com muita velocidade.
10 – Call it the end: a música expõe a dúvida do que fazer com o relacionamento. “Devo te chamar de ex ou de namorado? Te chamar de amado ou de amigo?”. O tema envolve a indecisão da cantora com o seu futuro, que ao enfrentar uma encruzilhada com o parceiro, não faz ideia do que fazer e do possível arrependimento sobre a sua decisão no futuro.
11- Too bad for us: mostra a fragilidade do amor e sua partida inesperada. A composição expõe que nem todas as partidas precisam ser dramáticas, mas que bruscamente os sentimentos se transformam e nem todas as relações estão preparadas para mudanças. “Mais um truque que o destino pregou na gente de novo?”.
12 – Dance all night: traz os arrependimentos e as coisas que Rosé faria se tivesse uma segunda oportunidade. A música produz uma jornada de autoconhecimento da cantora, que se tivesse oportunidade “dançaria a noite toda”. Toda a canção é a vontade de se soltar e abraçar a vida do jeito que ela é, trazendo uma visão de liberdade durante a música.