Tenho cansado de minhas palavras
Parto pra dizê-las em outras línguas
Queria eu aprender dezenas outras
Como qualquer ato meu, à míngua
A verdade é que é bem mais ser poeta na tristeza
E eu, tenho andado feliz, por incrível que pareça
Quando tinha pouco tempo, me obrigava a ser decente
Agora que o tempo me tem, passo a bola pra frente
Tantas semanas se passam e eu não amo ninguém
O ócio me abraça como te abraça aquele alguém
Sem marcas, sem chumaço de cabelo, sem ranger de dentes
Sobre felicidade, um poeta feliz é no máximo contente
Um pouco de sol não nos faz mal
E quanto à queimaduras de 3º grau?
Desse mar fiquei apenas com o sal
Onde as ondas quebram em degraus.