Por Joyce Clara e Iolanda Lima
Por Iolanda Lima e Joyce Clara
Durante os dias 25 e 26, o Coro Cidade de Ponta Grossa realizou seis sessões do espetáculo “Sonho Vívido”, na Mansão Vila Hilda. Em uma dinâmica diferente da que se costuma estabelecer entre público e plateia, que acontece no palco de teatro, a apresentação levou o público aos corredores do Casarão em uma experiência musical mais imersiva.
Edi Marques, regente do grupo, conta que a equipe tem realizado experimentações nos ensaios, trabalhando com os grupos de dança e teatro, por exemplo. A apresentação foi como um resultado disso, junto da ideia de desconstruir o conceito de grupo de um lado e público de outro. “A gente também quis construir um espaço que tivesse uma condução, mas que o público pudesse se deslocar, dando espaço para as pessoas terem autonomia e construirem o sentido”, afirma.
“Eu estou tentando explorar efeitos tecnológicos, com efeitos no microfone, pegando uma gravação e distorcendo, tem horas que o coro canta em cima de uma base”, relata Édi sobre a construção musical do espetáculo. O regente também buscou fazer um repertório plural, com músicas de diferentes estilos. Como a apresentação transitava entre o espaço dentro e fora do museu, ele destaca o desafio que foi para ajustar as vozes nos dois locais, assim como o uso de instrumentos.
Marienne Lima, integrante do Coro há 10 anos, explica que a principal questão da dinâmica foi deixar o público transitar: “Foi o mais legal desse concerto, dar liberdade para o público e perceber cada um de sua forma e de um lugar”. Ela conta que os ensaios tiveram a participação de Eziquiel Ramos, atual diretor do Grupo de Teatro de Ponta Grossa, que auxiliou na construção da parte interpretativa do espetáculo. “A experiência de poder ensaiar aqui foi excepcional, porque é um espaço fora do teatro, foi enriquecedor para a gente poder estar aqui dentro, cantando e ocupando mais um espaço cultural”, conclui a cantora.