Por Cultura Plural
Por Emanuelle Pasqualotto, Ingrid Muller, Marina Ranzani e Yasmin Aguilera
Na última terça-feira (14), o Museu Campos Gerais abriu as portas do antigo prédio recém restaurado ao público para palestras e debates que integram a 22ª Semana Nacional de Museus. O evento contou com a presença de Vinícius Bruni, diretor de Memória e Patrimônio Cultural do Paraná, e Luis Felipe Leprevost, diretor da Biblioteca Pública do Paraná.
O coordenador do evento, professor Robson Laverdi, explica que o tema da Semana Nacional dos Museus deste ano é educação e pesquisa. O professor acrescenta que o museu é, além de um lugar para observar objetos e documentos, uma organização que auxilia na formação dos estudantes por ser um polo de pesquisas.
A Semana Nacional de Museus tem como objetivo promover debates que contribuem para o fortalecimento de ações do museu com a sociedade. “Esse é o momento de falar e também escutar, de poder refletir e também pertencer”, observa Laverdi.
A professora Rosângela Petuba, diretora adjunta do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da UEPG, destaca a importância de preservar o passado no tempo presente. Ela defende que os museus são locais para contar a história daqueles que não tiveram a oportunidade de fazer seus relatos: “a história não é passado, ela é constantemente usada nas lutas do presente e do futuro”.
O professor Miguel Sanches Neto, reitor da UEPG, considera que o prédio do Museu Campos Gerais é uma luta pela preservação local com o patrimônio cultural do Paraná. “Que continuemos defendendo a democracia nesse conceito público, que seja um local onde todos tenham espaço, voz e manifestação”, defende.
Luis Felipe Leprevost, diretor da Biblioteca Pública do Paraná, observa que os espaços culturais, como as bibliotecas, devem ser locais para que as pessoas possam ser bem recebidas e acolhidas. “Um espaço cultural precisa ter um nível de afetividade em relação ao outro, não necessariamente tendo livros e objetos expostos, mas precisa ter capacidade para a humanidade, em sua diferença, e em suas possibilidades de troca entre seres humanos”, diz.