Dentro dos olhos veem-se as luzes tremeluzentes,
como que a aparência turva da alma,
sentimento corpulento,
fúria, manhã,
doce, divã.
E no caminho incerto
por sob a neblina na manhã quase que escura,
tateio a densa névoa
e percebo os caminhos que se cruzam,
que se seguem, que se vão,
no vão da manhã.
Por entre os segundos ainda me distraio,
dou-me uma chance de incertezas
e de vidas que não conheci;
era doce ou amargo?
A lembrança do nunca será tão doce,
mas por sorte nunca será tão amarga.
E nas esquinas encontro um descanso,
um momento, um descaso,
já não lembro por qual nome me chamo,
não sei se fundo ou ainda raso,
vasculhando as vielas, as avenidas,
os olhos que percorri.
E o tempo que corre na minha mente
apenas mente a vida que se passa,
são tudo impressões, marcas, aparências,
mas que me apego tanto e tanto!
Deitar, dormir, sonhar…
Amanhã tentarei novamente.