Por Matheus Gaston
Entre os dias 21 e 23 de julho, o céu de Ponta Grossa, que costuma estar cinza e fechado, ganhou um colorido especial. Nesse período, a cidade realizou seu primeiro Festival de Balonismo, além de sediar a primeira edição do Campeonato Paranaense de Balonismo. A atividade, que comemora os 200 anos do município, foi promovida pela Secretaria de Turismo em parceria com a Confederação Brasileira de Balonismo.
Para quem mora na região do Contorno, a vista foi privilegiada. De manhã e à tarde, mais de 10 balões de ar quente decolaram do Centro de Eventos e de terrenos nas proximidades. Mesmo à noite, sem sair do chão, os balões ainda fizeram um espetáculo de luzes – o Night Glow.
Balões no céu! Para os moradores, um momento de beleza e contemplação. Para os pilotos e equipe, um momento de adrenalina e atenção. Quando saem do chão, os balões já iniciam a participação nas provas que fazem parte da competição. Uma delas é a caça à raposa. Na prova, um balão-alvo, denominado raposa, decola e é seguido pelos outros competidores. Para vencer, o piloto precisa pousar o mais próximo possível do local onde a raposa pousou.
Lucas Chemin, vencedor do campeonato em Ponta Grossa, está há mais de 25 anos envolvido com balões de ar quente. A paixão pelo balonismo veio por influência do pai, que se tornou piloto em 1994, e se espalhou por toda a família. “Eu comecei a gostar quando ainda era criança. O meu primeiro voo foi aos sete anos de idade. Hoje, os meus dois irmãos mais velhos também pilotam e minha irmã mais nova está fazendo o curso de formação”, conta.
Em relação à rotina dos campeonatos, o piloto considera que a adrenalina é diferente de qualquer outro esporte. “Para quem compete, é muito intenso. O campeonato toma bastante tempo. Você precisa acordar cedo, analisar os ventos. Às vezes, tem competição durante à tarde e apresentação noturna. Dependendo do evento, o piloto faz até cinco provas no mesmo voo”, explica Chemin.
Até mesmo quem não pilota se envolve nas competições. Esse é o caso de Rhaissa Berton, companheira do balonista Kaio Chemin, e dos três filhos do casal. “Como família, a gente vem pra apoiar e ajuda em algumas partes, como inflar o balão, na decolagem”, afirma. Para além do esporte, o balonismo se tornou um empreendimento para a família. O casal faz parte de uma empresa que fabrica balões e realiza voos turísticos, em Campo Largo (PR). “A nossa vida em si é o balão”, ressalta.
Balonismo em fotos
O repórter Matheus Gaston acompanhou os três dias de evento e registrou diferentes momentos, como a preparação para os voos e o resgate dos balões na área rural de Ponta Grossa. Um agradecimento especial a Marcos Medeiros, Victor Nobres e Lucas Chemin, da Golfier Ballons, que deram carona à reportagem e contribuíram para o registro da competição.
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