Por Cultura Plural
Com o crescimento da imprensa, no século 15, os livros tornaram-se mais acessíveis, aumentando tanto a demanda quanto a produção. No Brasil, o que limitava a variedade das obras era a dificuldade da importação, fazendo com que os compradores mais ricos fossem os únicos com acesso a esse conteúdo. É isto que os diferencia dos europeus, que buscavam colecionar livros antigos e raros, como um hobby.
Em Ponta Grossa, a história dos sebos é bem recente. Em comparação com outras cidades, como a nossa vizinha Curitiba, a Princesa dos Campos tem a venda de livros, LP’s e revistas em sebos há cerca de 20 anos. O aparecimento deste tipo de comércio, acabou substituindo as bancas de livros antigos nas ruas, principalmente na Praça Barão do Rio Branco, o famoso “Ponto Azul”.
Diferente do que a maioria das pessoas pensam, o sebo não é um local apenas para produtos antigos. A população pode encontrar uma variedade de livros, revistas, discos e afins que também podem ser vistos nas livrarias e bibliotecas, mas que no sebo o preço é mais acessível e o conteúdo é mais diversificado.
Uma das razões que explica o crescimento da procura pelos sebos é a diminuição do poder de compra da classe média, que buscam alternativas mais apropriadas a sua renda. A maior circulação dos produtos para o entretenimento pode indicar também uma perda da “aura” que, muitas vezes, acompanha essas publicações. Estas obras deixam de pertencer a um dono só. A existência dos sebos contribui de alguma forma, com a democratização do acesso aos livros, discos, revistas e filmes.
Reportagem de: Rafaella Feola