Por Cultura Plural
Por Victor Schinato e Vini Orza
No sábado, 1 de abril, a Escola de Artes Bianca Almeida inaugurou a apresentação Expondo-NÓS 2023. A peça, em comemoração ao nono aniversário da escola, trouxe ao público uma experiência imersiva e alternativa de arte cênica.
Ao perpassar por todos os cômodos da escola, localizada na rua Rodrigues Alves, a apresentação levou o público a uma viagem através de teatro, dança, desenho e música. Com temas como morte, suicídio, fome, guerra, humanidade e emoções, as curtas apresentações foram capazes de emocionar o público e expor o trabalho realizado pelos alunos e professores da escola.
A coletânea de quase 20 cenas artísticas durou cerca de três horas, com apresentações para diferentes faixas etárias e todos os gostos. Do balé infantil à dança performática, passando por monólogos intensos e conversas gritadas que refletem a existência humana, a mostra se encerrou com uma exposição dos desenhos feitos pelos alunos no estudo de personagem, sombreamento e anatomia.
“O Vazio”, que dá início ao espetáculo, traz um misto de teatro e dança com reflexões sobre a necessidade da ausência na vida. Iniciado por um monólogo, os atores conduzem a cena através de uma narrativa tensa.
A cena “A Ampulheta” retrata sombriamente, ainda que de maneira otimista, a visão de um morto sobre a vida. Após ter se suicidado em uma churrasqueira, o personagem reflete sobre o que o levou até a morte, e como seu legado o manterá vivo, como a poeira voando pelo mundo.
Em “O Apocalipse”, a disputa pela humanidade em uma civilização destruída é ilustrada de maneira macabra pelos atores. Com debates sobre as relações de poder, a máxima “escarre a boca que te beija” orientou a peça, trazendo reflexões sobre relações de poder, vícios e abusos.
O espetáculo contou com outras três sessões, sendo duas delas destinadas ao público infantil. O preço da entrada foi de 20 reais e, devido ao caráter imersivo do evento, o público de cada exposição foi limitado a 30 pessoas. Bianca Almeida atuou como diretora geral, porém os estudantes também atuaram como roteiristas, diretores, atores e guias nas cenas trabalhadas de maneira individual.