Canto da manhã
Que meu poema
seja bem-vindo
em forma de canto,
pois que do amor
ele sempre se encha
e se faça de encanto,
quero que meu poema
voe aos ouvidos
e na colisão
espalhe meu amor
no pranto.
Quero minha poesia
nos cravos
das baionetas,
que possa ser atirada
sem pedir permissão,
pedir um café
pode ser insalubre,
se o teu desejo
não for de entrega,
ler a minha poesia
inicia uma guerra.
Quero versos profundos
nos corações
mais belos,
quero cultivar flores
que cresçam no asfalto,
quero trazer dúvidas
aos mais sábios,
trazer alento
aos que sofrem,
esperança
aos que perderam,
e amor
a toda gente.
Quero na poesia
poder nascer
diariamente,
morrer
sempre que possível
e dar frutos,
que é o mais bonito,
na poesia
me joguei
e me pintei,
na poesia
eu amei,
na poesia.