Mar aberto
O vento afaga minha face,
uma necessidade de voar,
dois anos passam no céu
e as nuvens desenham arcos.
Bocejo,
o que eu penso
em questão de segundos
ninguém nunca saberá,
faço uma pausa.
Poderia ser um domingo
ou uma Paris qualquer,
cofio a barba,
penso,
deito atenção às vozes,
sussurro um poema no ar,
leio duas linhas
para encontrar.