Mas
quando as faces se encontram,
mas
quando os olhos se entregam,
são
decomposições do amor,
a falta que o dia faz
ao diamante
que não brilha,
pleno,
é a falta que ela
me faz
ao não ver a luz,
cegante,
dos seus olhos,
quando cegar
é iluminar,
é demonstrar o caminho,
uma direção.
E o poema que começou
em contradição
não é uma falta de opinião
ou de casuística,
pois
ela é presença,
forte,
ela é estadia,
ela é tudo
mesmo quando tudo ainda
é um nada,
é falta,
ela é saudade
quando a saudade
é sua falta,
ela é vida
quando me ensinou a viver.
Ah!
Mas se a sua volta
é mais que sonho,
sua vinda
é uma prece,
seus olhos
um farol
e sua vinda
é tudo,
então,
vem amor,
vem que tudo
é sua presença,
e sua estadia
é meu sonhar.
Vivamos.