Por Yasmin Orlowski
A data da celebração internacional da liberdade de imprensa surgiu em 1993, quando a Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) criou como forma de alarme contra as diversas agressões cometidas contra jornalistas e órgãos de imprensa.
Daquela data até hoje, há mais coisas a reivindicar do que a comemorar neste dia. Mesmo vivendo em um país democrático como o Brasil, onde a liberdade de imprensa na teoria deveria ser garantida e protegida, ela cada vez mais se vê ameaçada. Liberdade de imprensa consiste na liberdade e no direito de os jornalistas investigarem o governo, injustiças, crueldades, violências, corrupções, etc e publicarem essas informações de forma livre, sem ameaças e influências externas.
A censura é o contrário da liberdade de imprensa, pois tenta calar os jornalistas e os veículos de mídia. Censuram-se notícias a fim de manipular acontecimentos, escondendo-os, alterando-os pelo favorecimento de si próprio. A censura na maioria das vezes procede de pressões políticas e é mais comum em países ditatoriais, mas infelizmente se faz cada vez mais presente em democracias.
Prova disso é que, segundo o ranking mundial da Liberdade de Imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras, divulgado no último dia 20, o Brasil caiu quatro posições no ranking, atingindo a zona vermelha. O órgão separa a situação da liberdade de imprensa de cada país em cinco cores: branca (muito boa), amarela (boa), laranja (problemática), vermelha (difícil) e preta (muito grave).
O texto justifica que o país teve uma piora nas condições de trabalho, além da crescente violência e ameaça contra os jornalistas, desde a ascensão do presidente Jair Bolsonaro ao poder em 2019, com seus constantes ataques e insultos à imprensa, o que consequentemente acaba ameaçando a democracia.
Por isso é importante que não somente os jornalistas lutem pelo direito de realizar sua profissão sem ameaças externas e de forma digna. A população também deve prezar pela liberdade de imprensa e pelo direito de ser informada com qualidade, visto que a informação é um pilar importante da democracia, que deve ser respeitado.