Não nega
a burrice e a falha,
depois mata,
acaba com milhares de vidas,
finge, ri, não nega,
sonega.
Não pode, não deve,
porém,
não solta?
Tão podre o desdém,
tão leviano,
desengano,
não diga amém.
Olho para os que sofrem,
olho para os que sentem,
compadeço-me,
mas será apenas isso
o suficiente?
Tenho medo,
tenho alma,
espero o que vem
e me apego ao segundo
que se fia.
Tenho esperança,
quero mudar,
e espero,
pois,
amanhã será sempre
outro dia.