Transtornos claros são os olhos,
fitam-nos com saudades,
vontade, impiedade,
são traduções imprecisas,
ou precisas demais,
dos ritos da alma.
E os olhos vagueiam,
introduzem conceitos permanentes,
introduzem secas, desilusões,
são inquietudes que tocam,
que solam os baluartes,
que isolam e se fazem solidão.
Ah! Se os quartos fossem as janelas d’alma.
Ah! Se o peito expurgasse as inquietudes.
Ah!
Ah!
Os sonhos são travessas duras de travessia,
os becos são as devoções que deposito,
são os olhares desvairados,
são as certezas que se perdem.
E se a fé fraquejar?
Ah, ele há de ser…
E se o solo arenar?
Ele há de ser…
Porém, se a viva fruta implorar o doce
perdão,
e se o clarão da aurora
for toda a desilusão?
E se o Dó
só terminar
Em Si só?
Há de haver um além,
há de ser um aquém,
há de vislumbrar…
Ser, só.
Viver por si.
Remendar em Sol, Lá, Si, Dó.
Felicidade sem desdém.