Por Cultura Plural
Do rock ao pop e do nacional ao internacional, diversos estilos musicais marcaram presença na segunda edição do Vinyl Club em Ponta Grossa. O evento foi realizado durante todo o sábado (18), no bar Frederico – Cervejas e Cervejas, que fica na Avenida Ernesto Vilela. Mesmo com o dia frio, estiveram presentes muitos colecionadores e apaixonados pela cultura do vinil. Quem tinha interesse, também poderia adquirir os discos. Os preços variavam entre R$ 5,00 e até R$ 500,00, tudo isso de acordo com o estado de qualidade do disco, além da banda, ano de publicação, etc.
Vários expositores, de diferentes regiões do Paraná, puderam prestigiar o evento e também expor parte de suas coleções, que em alguns casos chega a mais de 3000 discos. Exemplo disso é o jornalista Andye Iore, que mora em Maringá, no norte do estado e pela segunda vez participa do Vinyl Club. Ele coleciona discos desde o final dos anos 80, com foco no rock e estima ter em torno de 3500 vinis em seu acervo. O colecionador conta que com a chegada do CD no Brasil, o mercado da venda de vinis sofreu uma queda, mas que agora há uma revalorização da cultura do vinil no país. Uma dado curioso que ele traz é o fato de ainda existirem fábricas de vinil, geralmente localizadas em estados como São Paulo e Rio de Janeiro.
Nélio Waldy, que é músico curitibano e também estava expondo discos no evento, comenta a sensação que sente ao encontrar um disco que falta em sua coleção: “A gente se sente como uma criança ganhando um brinquedo novo. É algo muito bom!”, diz o músico. Tem quem desde criança deseja se tornar um colecionador, mas foi aos 49 anos que o médico Habil Badwan concretizou esse sonho. Para quem começou a colecionar há cerca de um ano, o recém-iniciado colecionador tem um número bem expressivo de discos, são mais de 600 vinis. “Titãs, Capital Inicial… Bandas dos anos 80, não considero apenas uma boa, mas todas são ótimas”, indica o médico.
Um fato curioso em relação ao mercado consumidor de vinis é mencionado por Felipe Dorochenko, organizador da feira: “As pessoas não se interessam apenas pela música. Elas se veem atraídas pela capa, pela arte do disco e compram pra deixar exposto em casa”, comenta. A proposta da organização doVinyl Club é atribuir uma periodicidade ao evento, realizando encontros a cada três meses: “Desse modo, os expositores tem a oportunidade de atualizar seus acervos, trazendo novos discos”, diz Dorochenko.