Toca o despertador!
Estridente, ansioso,
Rasga a manhã
E os meus sonhos.
Apesar de toda gritaria
Meus olhos teimam
Em fechar,
Devagar
Me espreguiço
Tentando encarar o dia
Ou esperando
Que o tempo me esqueça.
Levanto com os olhos ainda turvos,
Vou até a pia
Para tomar o segundo choque
Da manhã,
Me olho no espelho
Ainda sem me saber direito,
O trauma de viver.
Sonolento me disfarço,
Ando devagar
Para o tempo atrasar,
Enfim, tenho que ir.