Por Cultura Plural
Em novembro são celebradas as festas de Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora do Bom Sucesso, Nossa Senhora Mediadora, Nossa Senhora do Rocio, entre outras. Em dezembro comemora-se a Imaculada Conceição, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora das Brotas, Nossa Senhora Desatadora dos Nós e mais algumas.
Jamile Dib é legionária, ou seja, participa do movimento católico “Legião de Maria”. Ela afirma que, na Legião de Maria, aprendeu a ser um pouco mais como Nossa Senhora: humilde. “Tudo a gente oferece por amor a Maria. Ela é muito misericordiosa. Tudo o que Maria pede, Jesus atende. Por quê? Porque ela é mãe de Jesus. Ela está sempre pronta para ajudar, abençoar e pedir por nós ao filho”, completa em demonstração de fé.
Outra maneira de agradecer e pedir graças a Maria acontece na forma de novenas. A novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é uma das mais conhecidas. Em Ponta Grossa, as novenas mais conhecidas acontecem às 16h30, na Igreja Nossa Senhora do Rosário, e em diversos horários durante o dia na Igreja São José.
Marilda Biscaia é devota e participante da novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Inicialmente, ela ia à novena com a avó, quando era criança. Passou a tradição adiante e agora leva a neta para participar. Ela relata que um momento forte da novena é o da leitura das cartas escritas a Nossa Senhora e os testemunhos. Marilda diz que Nossa Senhora é realmente como uma mãe: quando o filho está em apuro, corre para a mãe em busca de consolo.
Cleide Malucelli também participa da novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Ela afirma que Maria é um exemplo de amor e que isso é mostrado no dia-a-dia da vida, a partir das orações. Ela aconselha que se reze diariamente, pedindo a ajuda de Nossa Senhora, para deixar de lado as angústias e problemas e seguir em frente.
Formação de jovens em torno de Maria
Iria Portela é catequista de uma turma da quinta fase, que é a preparação para o sacramento da crisma. Todo ano ela realiza uma pesquisa sobre quem recebe a capelinha de Nossa Senhora em casa. Depois dessa pesquisa, cada semana um catequizando é sorteado para levar a capelinha da Mãe da Divina Graça, padroeira da Diocese de Ponta Grossa, para casa.
O adolescente tem então o compromisso de rezar pela catequista, família e colegas da catequese. Iria começa o sorteio das capelinhas no mês de maio e vai até o final do ano catequético. Um caderninho acompanha a capelinha e os adolescentes escrevem o nome e um testemunho das atividades que fizeram com a capelinha e das graças que receberam.
Aluna da catequese, Eduarda Jansen pensa que a ideia de a capelinha ir à casa das crianças e adolescentes é inovadora. “A catequista nos deu alguns textos e pediu para nós identificarmos onde havia a ação do Espírito Santo em Maria. A catequista então nos mostrou que Maria sempre estava sendo guiada e inspirada pelo Espírito Santo”, relata.
Hiorrana Jansen é irmã de Eduarda e também participa da catequese. Ela declara que ocorreram muitas melhoras na família após a presença da capelinha em sua vida. E continua, dizendo: “Mesmo eu tendo a minha mãe em casa, Maria é minha mãe também e eu rezo muito pra ela”.
Reportagem de Hellen Gerhards