Por Cultura Plural
Capacetes exóticos, macacão colorido e muita velocidade, esse foi o clima na Avenida Visconde de Taunay no dia primeiro de outubro. A “52 Corrida de Rolamentos Malucos dos Campos Gerais” aconteceu das 10h da manhã e foi até ao anoitecer do domingo. Corredores desciam a avenida até a linha de chegada enquanto as pessoas assistiam e torciam animadas. Baterias distintas foram disputadas ao longo do dia, como rolimã normal, grid, sled, long, e luge. Adultos e crianças concorriam no GP.
“A Corrida de Rolamentos Malucos dos Campos Gerais começou no dia primeiro de maio de 2014 e hoje já estamos na nossa quinquagésima segunda corrida”, conta o organizador do evento, Mauro Fernandes. “Funciona com várias baterias, várias categorias. No rolimã, por exemplo, temos 7 categorias, entre elas: feminino, força livre, normal e kids”, explica Fernandes. O organizador convida a todos para participar do evento: “sempre uma vez por mês temos aqui em Ponta Grossa as corridas, no primeiro ou último domingo do mês. A gente propõe pra galera trazer a família e vir brincar com a gente”.
A vice colocada do campeonato paranaense de street sled, conhecida como Fah Souza, participou do evento neste domingo (01). “A segunda etapa do campeonato paranaense vai acontecer semana que vem na Serra da Graciosa, eu estou no segundo lugar e agora irei competir a próxima etapa. Aqui eu vim pra brincar e acabei me dando mal (risos)”, relata Fah. Durante a corrida, Souza, machucou o braço, porém a atleta conta que é uma rotina desse esporte, “é normal se arrebentar, já levei muita pancada no corpo”. A lesão não foi um empecilho para a competidora, que levou o segundo lugar na categoria feminino de sled na “Corrida de Rolamentos Malucos dos Campos Gerais”.
Há atletas que já se sentem em casa dentro do evento, como é o caso de Israel Henneberg, competidor das categorias grid e força livre. “É uma família, é uma brincadeira legal, que já virou um esporte. Tem a competitividade, a rivalidade, mas acima de tudo somos amigos”, conta Henneberg.
Outros carrinhos que se destacam no evento são os carrinhos de comida, como o do pai Luciano Amaral e do filho Jhonatan. Amaral “É a quarta vez que participamos do evento e cada vez está aumentando o número de pessoas. O movimento e a divulgação têm melhorado e isso acaba melhorando pra gente também, tem mais público”, afirma a família Amaral. Quando questionados sobre a concorrência, o pai e filho confiam no seu produto, “nós vendemos um espetinho diferenciado de Kafka. É campeão de vendas, nosso carro chefe. Uma Kafta recheada com queijo”.
A corrida também atrai moradores da cidade de Ponta Grossa que assistem nas beiradas da Visconde de Taunay os carrinhos em alta velocidade passando. “A gente ficou sabendo pela internet que ia ter o evento dos carrinhos”, afirma o engenheiro, Danilo Camlofski, enquanto acompanhava a corrida com a sua família. “Desde criança a gente sempre gostou de brincar com os carrinhos, na época de menino. Ter esse evento é muito bacana, a gente volta a ser criança, traz aquele espírito da infância que a gente viveu”, relembra Camlofski.
Matéria de Enaira Schoemberger & Priscilla Pires