Por: Millena Zampieri e Erika Vibly
No último sábado (16), o Lago de Olarias foi palco da 7ª edição do PG Memória. A programação da parte da manhã contou com o encontro do Centro de Letras do Paraná, oficina de capoeira e uma apresentação das bailarinas da Multiverso Casa das Artes. Além disso, o público pôde circular entre mesas temáticas que expuseram um pouco da história de Ponta Grossa. O evento da Secretaria Municipal de Cultura foi voltado para a valorização e preservação do patrimônio cultural local, com o tema “Naquela Mesa: no baile da saudade, qual é o seu lugar?”.
“As mesas nos clubes de antigamente eram formadas por famílias ou por grupos diferentes que durante um intervalo e outro dentro desse baile, rodavam entre as mesas e conversavam com outras famílias para conhecer essas culturas que são diferentes de um pro outro. Então o que está acontecendo aqui é exatamente isso”, explica Alberto Portugal, secretário de Cultura do município. Entre os expositores das mesas estiveram o curso de Artes Visuais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Trem Fantasma, Parque Vila Velha, Clube Verde e Casa do Divino, entre outros. Para Portugal, a proposta do evento é que não se perca absolutamente nada, para que a gente saiba de onde viemos e para onde estamos indo. Ele afirma que a discussão é sobre como o poder público pode registrar essas memórias para que elas não se apaguem.
O espaço buscou divulgar e valorizar a rica cultura e história da capoeira. Contramestra de capoeira e fundadora do grupo BrinCapoeira, que se apresentou no início do evento, Terezinha da Silva dos Santos aponta a importância da preservação dessa manifestação cultural. “A capoeira está inserida na cultura, ela é patrimônio imaterial da humanidade, então o mínimo que se pode fazer é garantir que essa arte não esmoreça”. Ela destacou que o trabalho com crianças e jovens, especialmente em áreas de vulnerabilidade social, promove respeito, disciplina e autoconfiança, impactando diretamente o desenvolvimento pessoal. “Muitos chegam tímidos e inseguros, mas em um ou dois anos já se soltam, se comunicam melhor e desenvolvem opinião própria”.