A 3ª edição do festival Invernada Cultural, realizada pelo Selo Cultural Lambrequim, prevê cinco dias de atrações, incluindo palestras, lançamentos de livros, shows, oficinas, roda de mate, entre outras atividades culturais. As ações da Invernada Cultural iniciaram no dia 13 e seguem até o dia 17 em diversos locais da cidade.
Na quarta-feira (13), a abertura do festival contou com o lançamento do livro “Admirável Graça Infinita”, obra teórico-crítica dos professores e pesquisadores da área de Letras da UEPG, Diego Gomes do Valle e Evanir Pavloski. O lançamento ocorreu no Pequeno Auditório da UEPG e reuniu participantes interessados na área da literatura.
O livro “Admirável Graça Infinita”, disponível em forma de e-book no site do Lambrequim de forma gratuita, traz o hedonismo e o distópico. Evanir Pavloski, um dos escritores da obra, destaca que a ideia para o livro surgiu por meio de uma conversa com o co-autor Diego Gomes sobre as pesquisas que ambos fazem sobre os livros “Graça Infinita” e “Admirável mundo novo”. “O texto discute dois outros romances, que alertam sobre tendências sociais, políticas e culturais do presente e que podem, como apresentado nos textos, descambar para situações muito ruins”, revela Pavloski sobre a mensagem da obra.
A estudante de Letras, Letícia Estela Balthazar, participante do lançamento, destaca a abordagem dos autores sobre as obras. “A forma como eles discutiram o tema e levaram a história do personagem revela que o sistema é tão opressor que ele se suicida para escapar”.
Ainda no dia 13, após o lançamento do livro, houve uma palestra com o poeta, escritor e crítico literário Ademir Demarchi, que trouxe trechos de suas obras e poemas críticos que refletem sua visão de mundo por meio da escrita.
Marco Aurelio de Souza, professor do curso de Letras e um dos organizadores do evento, explica que a 3ª edição do festival homenageia o personagem Ervateiro, que é invisibilizado no ciclo da erva-mate no estado do Paraná. “Estamos tentando jogar luz sobre a resistência, que não só o mundo da cultura precisa cultivar para continuar existindo, mas para todos os movimentos que querem transformação social”.