Com 15 imagens de seis mulheres, em representações do corpo, a galeria da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) abriu a exposição Sutura na noite da última terça-feira (29/07).
A mostra retrata corpos e dores de mulheres. Cada imagem tem uma palavra bordada em um fio vermelho que se relaciona a cada história apresentada.
Andressa Rodrigues dos Santos, criadora da exposição, explica que começou a estudar o bordado na arte contemporânea em uma pesquisa acadêmica da residência artística, realizada na Universidade Estadual do Centro-Oeste, e como ele é visto nas artes visuais. “Ele é sempre associado ao feminino de forma muito passiva e doméstica. Então, eu quis subverter a ideia que as pessoas têm quando veem uma mulher bordando”.
A artista procura mulheres para entendê-las, saber quem são e como elas pensam. “O projeto gira em torno das perguntas que eu faço para elas: ‘quem é você, mulher? Quais são suas dores? Quais impactos as dores provocaram em você?’”. O ensaio com as seis mulheres foi o momento de libertação de todas as dores relatadas. O projeto Sutura ainda está em processo de criação.
O diretor de assuntos culturais da UEPG, Nelson Silva Júnior, foi responsável pela curadoria da exposição. Ele relata que foi um trabalho de estudo profundo do tema. “Eu tenho muita afinidade com o corpo. Meus estudos em fotografia trabalham com o corpo, então foi muito prazeroso”.
Nelson afirma que Suturas foi uma obra que se tornou uma exposição. “Trouxemos para cá pensando na iluminação, na cenografia que fizemos a partir das meias, que é um objeto feminino”, explica. Uma roda de conversa com a artista antecedeu a abertura da exposição. Suturas segue na galeria da Proex até 21 de agosto.