maio 26, 2025
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Circo Kartoon traz espetáculo atualizado a Ponta Grossa

Novas gerações assistem o tradicional traduzido para a linguagem de hoje

Foto: Julia Busarello

Foto: Julia Busarello

Por: Luciana Scherner

O Circo Imperial Kartoon, em cartaz em Ponta Grossa desde o início de maio, traz para seu respeitável público tradição de mais de 150 anos na arte circense, sem ignorar o que a geração atual consome e espera ver no picadeiro. Não escapam referências aos memes mais populares e às redes sociais nas falas dos artistas que entretêm, principalmente, as crianças.

O espetáculo, com cerca de uma hora e meia de duração, tem atrações para todas as idades: de personagens infantis ao hipnótico Globo da Morte, sem esquecer dos acrobatas, bailarinos, equilibristas, malabaristas e, é claro, os palhaços.

O picadeiro também serve de pista ao exclusivo Camaro Maluco, atração já exibida no programa A Praça é Nossa, do SBT. Pilotado pelos palhaços Estremilique e Patchuco, o veículo, uma junção de peças de outros carros, é o protagonista de cenas que arrancam gargalhadas da plateia.

Outra atração impossível de não ser vista é o imponente T-Rex. Com 9 metros de comprimento, o dinossauro faz as crianças arregalarem os olhos, tamanha a surpresa com o que surge através das cortinas de lona ao lado do palco.

A bailarina aérea Aghata Victoria Kammke, que em sua performance faz brilhar os olhos e arrancar aplausos, conversou conosco após o espetáculo. Há 2 anos trabalhando para o Kartoon, já experiente como bailarina profissional, viu na acrobacia aérea uma oportunidade de inovar em sua arte. “Eu nunca tinha tido essa percepção, mas quando surgiu a oportunidade, topei na hora”, declarou a artista, que se apresenta pendurada em um arco.

Criado em 2018 por Pedro Pereira Marinho, bisneto de Augusta Stankowich e pertencente a uma das famílias circenses mais tradicionais do Brasil (atuante desde o século XIX), o Kartoon é um desdobramento do Circo Romanos. O circo teve suas atividades suspensas durante os anos da pandemia, mas não fechou as cortinas. Superou, aos poucos, a crise que acometeu o setor artístico brasileiro mais que a outros nichos, e hoje roda por todo o sul do país, conquistando as novas gerações.

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