Por Cultura Plural
Por Giovana Galvão e Yasmin Salgado
O projeto “Umbatuque” tem levado música, ancestralidade e cultura afro-brasileira ao Conservatório Maestro Paulino, em Ponta Grossa. Criado pelo Instituto Sorriso Negro dos Campos Gerais, o grupo surgiu há quase um ano e já se apresentou em eventos como o Carnaval e ações da OAB.
Atualmente, o grupo reúne cerca de 30 integrantes, incluindo crianças, adultos e idosos. Um dos destaques do projeto é a presença de famílias que participam juntas das atividades, como é o caso de Aninha de Jesus, que divide o espaço com a filha Helena de Jesus, de 9 anos: “Estar aqui é maravilhoso, eu sou a que sorri mais, a que dança mais, eu amo”.
Aninha conta como começou a participar do projeto: “Minha filha mais velha é saxofonista da Banda Lira aqui no Conservatório, nós estávamos aqui em um dia normal e nos convidaram para participar”.
As aulas são conduzidas pelo músico e professor Ricardo Corrêa, que destaca o compromisso do projeto com a valorização da cultura negra. Ele explica que os encontros vão além da prática musical, envolvendo também a história dos instrumentos e suas raízes africanas. “A ideia com os novos integrantes é estudar técnica de mão, técnica de baqueta e entender como nossos ancestrais tocavam”, relata Ricardo.
Segundo ele, o objetivo é mostrar que, mesmo sendo gratuito, o projeto tem muito valor: “A gente passa não só o conhecimento do dia a dia, mas também histórias que aconteceram no passado e como tudo chegou até aqui”.
Durante as aulas, os participantes aprendem instrumentos de percussão como pandeiro, xequerês e timbais. Os ensaios acontecem todas às terças-feiras, às 19 horas, no Conservatório Maestro Paulino. As aulas são abertas ao público e não exigem experiência. Para mais informações, acesse o instagram do Instituto Sorriso Negro dos Campos Gerais.