Por Joyce Clara
Alberto, o menino que queria voar, da Companhia Karagozwk, foi apresentado na tarde do terceiro dia de FENATA (09/11). Com direção de Marcello de Andrade, o espetáculo é todo realizado com jogo de luz e sombra e conta a trajetória de Santos Dumont e suas criações.
A peça, que possui pouco mais de meia hora, mistura as sombras das imagens projetadas em uma tela com músicas clássicas e um narrador. O objetivo é tanto ensinar para o público sobre a história de uma importante figura brasileira quanto inspirar as pessoas a acreditarem em seu potencial.
Marcello conta que estuda teatro de sombras há 39 anos. “Comecei como músico de teatro e viajava muito. Eu fui para a Argentina, e lá eu vi um casal fazendo teatro de sombras em uma tela pequena”. Na década de 1980, ele começou a pesquisar como autodidata nesta arte. “Fui construindo minha própria luz, toda a luz desse espetáculo [Alberto, o menino que queria voar] foi construída no nosso ateliê, eu me envolvi com esse mundo da imagem”. Ele comenta que “é uma paixão que surgiu, a gente não sabe explicar o porquê das paixões, mas é a profissão que eu dedico a minha vida”.
O artista foi muito atencioso com as crianças. Ao final da peça, explicou como funciona o teatro de sombras e tirou fotos com todos que queriam abraçar o contador de histórias.
Aline Matos, uma das mães que levou os filhos para assistir à peça, conta a reação da filha ao longo do espetáculo: “A minha menina achou que teria um menino que ia voar. Foi legal como a história foi contada de forma lúdica, ela comentava ao longo da peça como ele construía as coisas, primeiro o balão e depois o avião, ela ter aprendido um pouco enquanto assistia foi incrível”. Karen Kobilarz, que também levou a filha e a sobrinha para conhecer o Teatro de Sombras, concorda sobre a união entre aprendizado e entretenimento, porém ressalta que poderiam ter mais opções de peças infantis, e que foram um pouco limitadas este ano em questão de horários.