Por Rodolfo Martins Kravutschke
Em dez anos as coisas mudam,
diria que todas as coisas mudam,
ou quase todas,
após dez períodos solares
pouco da vida continua igual.
Os pensamentos que tinha há dez anos
são apenas sombras
do que hoje acredito,
foram tijolos que criaram a fundação,
foram os alicerces do meu eu atual.
E o que fica?
Seria isso a verdade máxima?
Seria o amor verdadeiro?
Fica o que era para ficar,
o que faz sentido,
o que enche os olhos,
o que acelera o coração…
Em dez anos tive medos e sofrimentos
que me tornaram mais forte,
pude me compreender,
pude tomar o controle da minha vida.
fui feliz e triste,
fui eu,
pude me perder e me encontrar,
pude tentar muitas vezes.
E o amor foi uma pauta diária,
nem sempre simples ou fácil,
nem sempre perfeito,
mas totalmente necessário.
O amor que surge na falta,
no que complementa,
no que identifica,
mesmo após a queda dos ideais
de paixão
o amor é o que fica,
é o que perdura,
é o que orienta.
Do ontem tenho saudade,
do amanhã tenho esperança,
do hoje…
Do hoje tenho amor.