Por Joyce Clara
No dia 26 de julho é celebrado o Dia de Nossa Senhora de Sant’Ana, padroeira da cidade. Durante a manhã de sexta-feira aconteceu a procissão da Paróquia Nossa Senhora do Rosário até a Catedral, que leva o nome da santa, seguida de missa e almoço de confraternização.
A celebração foi conduzida pelo bispo Dom Sergio Arthur Braschi, em seu último ano cumprindo a função na diocese. Na liturgia da palavra foram lidas passagens dos livros de Eclesiásticos e Coríntios.
Durante a solenidade, o sacerdote compartilhou que, apesar de ser natural de Curitiba, sua história se entrelaça com Ponta Grossa através de Sant’Ana. Quando um dos seus antepassados enfrentava uma tempestade em uma embarcação, onde estava com o filho, realizou um pedido para a santa e foi acolhido. A partir disso, a família começou a assinar Santana no sobrenome e difundir a devoção, tradição que Dom Sergio seguiu até três anos depois que entrou no seminário.
Além de ser o dia da padroeira, a data também marca o Dia dos Avós, justamente porque no catolicismo considera-se Sant’Ana como mãe de Maria e avó de Jesus Cristo, algo que o bispo ressaltou durante a missa ao parabenizar os avôs e avós presentes.
Zila Macedo, de 75 anos, é uma das ponta-grossenses que acredita em Sant’Ana e já ouviu muitas histórias de graças recebidas pela Santa. Apesar de não ter comparecido na procissão deste ano, ela conta que já foi em muitas “sempre cheias e tudo muito bonito, povo rezando e cantando, e saía da Igreja do Rosário, como é até hoje, até a Catedral desde que eu era pequena ainda”, afirma a fiel.
Segundo Bruno Mansani Sad, coordenador do Conselho Pastoral Paroquial, aproximadamente duas mil pessoas estiveram presentes na missa, e 430 no almoço, o que corresponde à lotação máxima do salão paroquial. Um diferencial deste ano foi o retorno da quermesse “Era um pedido constante de paroquianos e da população, por isso o conselho optou pelo retorno”.
Bruno destaca a importância de Sant’Ana em sua vida, porque foi na Catedral que conheceu sua esposa e cultivou amizades. “Nossa padroeira tem uma história linda de devoção que já perdura há mais de 200 anos, por isso a alegria e a importância dessa festa em seu âmbito religioso mas também da quermesse, para confraternização e encontro de diversas comunidades”, conclui o devoto.