O aceno é o primeiro movimento da interação. É um convite ao diálogo, à exposição de vontades e subjetividades. Um aceno à mise en scène é a tentativa de interagir com a Sétima Arte, a fim de revelar as conversas entre obras e espectadores. O que será desvelado por aqui são meus acenos ao que me alegra e ao que me incomoda — pois nem sempre o aceno nos leva a lugares confortáveis. No tranquilo lugar do voyeurismo — bem ao estilo hitchcockiano —, proponho nas críticas uma noção de cinema como espaço de construção de memórias, narrativas e histórias. Aqui, não haverá uma proposta de cinema para “desligar o cérebro”; pelo contrário: mesmo que minha posição de espectador seja confortável, observando tudo pela janela indiscreta das telas, o aceno é para o filme como filme — e nada mais. Não busco acenos metafóricos, tampouco acenos para expectativas: o diálogo é com o que é visto. Sobre o colunista Vitor Lopes é professor e historiador formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Atualmente é mestrando do Programa de Pós-Graduação em História (UEPG), além de residente técnico e cultural do Museu Campos Gerais. Divide o tempo livre entre torcer para o Vasco e defender o lúdico e o terror no cinema.
A coluna Quarentena Cultura foi criada com o propósito de difundir a produção cultural da cidade em tempos de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Neste espaço são publicados textos em diferentes formatos que têm como tema experiências, sentimentos e percepções em torno deste momento de crise. A proposta é valorizar diferentes vozes que, por meio da escrita, oferecem leituras sobre a realidade atual. Para participar, encaminhe seu texto para culturaplural@gmail.com
A coluna O Narrador surge por meio de um projeto de integração dos cursos de Letras e Jornalismo da UEPG, com a intenção de divulgar e promover trabalhos literários originais de acadêmicos oriundos de diversos cursos desta universidade. Acreditamos na força da arte literária e buscamos aqui criar um espaço onde novos autores possam apresentar suas produções. Participe enviando seu trabalho (escritos de qualquer gênero literário, charges e fotografias) para o e-mail: onarrador527@gmail.com.
Metamorfose é uma coluna criada como espaço de expressão do efêmero da vida da estudante Kailani. A proposta é que seja um lugar livre que através da poesia, ela possa despejar seus sentimentos mais profundos e intensos. Escrever sobre aqueles que à confundem é uma forma de tentar organizá-los em rimas. Mais do que a combinação de palavras, a arte envolta em poemas é uma extensão do seu próprio corpo e do seu próprio ser. Ela espera trazer identificação para os leitores, uma mensagem de que, em meio as mudanças da vida, ninguém precisa estar sozinho.
O autor possui quatro livros publicados: “Distâncias do mínimo” de 2010, “Ano Neon” de 2013, “Fictícias” de 2014 e “Carta as Cortes” de 2018. Escreve a coluna “Vida Crônica” no jornal Diário dos Campos. Neste espaço, pretende publicar quinzenalmente, nas quintas-feiras, crônicas e poemas.
O Espaço Colaborativo é destinado aos textos recebidos pelo projeto para publicação.
Formada em Jornalismo e mestre em Teologia, a autora revela que a sua motivação para escrever é o amor, a alegria e o desejo de um mundo melhor. A coluna tem por objetivo abordar temas como relacionamentos, cultura e espiritualidade. Sobre o nome ‘Diz-que-me-disse’, Ana Beatriz acredita que traz uma proximidade com o leitor. “Falo da vida, dos sentimentos, de valores, das coisas simples aos olhos, mas que fazem o coração arder e, que por isso, se tornam grandes”. Os textos serão publicados semanalmente, nas quintas-feiras.
“Sinto a literatura como uma expressão da vida, uma forma de comunicar sobre si e o que o mundo faz consigo”, explica o autor sobre a sua proposta como colunista. Médico e amante da literatura, Rodolfo tem um livro publicado em 2015, em homenagem à namorada. Em seus textos destinados à coluna, revela que os temas principais serão aqueles que envolvem o sentido de viver, sentimentos, pensamentos e questões sobre o mundo. ‘A vida’ terá periodicidade semanal, com publicações programadas para as quartas-feiras. “Espero que possa agradar as pessoas que leiam as minhas ideias, e que ao menos possa leva-las a momentos de reflexão. É uma forma de compartilhar a minha vida, também”, finaliza o autor.
Política, literatura, música e filosofia são alguns temas que serão abordados nos textos, publicados quinzenalmente nas segundas. O autor, que é estudante de História, revela que a sua proposta é trazer reflexões inovadoras no ‘À margem’. “Me esforço nas minhas poucas luzes para estar à margem do discurso dominante. Procuro novas respostas para as antigas perguntas, para elaborar novos questionamentos”, explica.
Aos olhos que partemdiz-se o adeus lânguido,as lágrimas não secamem anos distantes. Um dia os olhos retornam,não se sabe se eram azuisou se verdes,mas o instante seguintese faz eterno. Os olhos se voltam à alma,enternecem-se amados,olham-se livres,querem,beijam,amam. Quero os olhosque me entendem,os olhos que me indicamo azul,os olhos que me olhame me querem,os olhosque tanto […]
Noite E na noiteé que me encontro,na noite misturo-me,miscelânea,entre a escuridão,vejo-me,e os passos sombriosque ecoam dentro de mim. Espero o dia voltar,escondo-me,espero a vida retornarao seu curso,mas deixo minha marca,no pesado papel,deixo meu sentir,deixo-me,e espero o meu renascer,diário. No poema sou translúcido,no papel me transfiro,leia-mee veja meu porvir,leia-me,sinta-me,sou sem medo de ser,vivo na esperançade viverem […]
É numa esquina com pouca iluminação e, até há pouco silenciosa, que se registra um encontro inédito de duas lendárias figuras de lutas abolicionistas do Brasil ainda não republicano. O paraibano que viveu e lutou no Recife, Vidal de Negreiros (1606-1680), desce rumo à Vila Oficinas, enquanto o baiano-paulista Luiz Gama (1830-1882) atravessa a última […]
Súbita vontadede chorar,os olhos inundamcom marése se tentei disfarçaras músicas tristestrazememoções guardadas,lembranças pesadasde temposmagoados. Bom séculode heróis presentes,tuas pernas enlaçam nas minhase teus olhos,turvos dos meus,trazem esperançase mundosnão conhecidos. Aquele sambaque eu te dissetoca nos meus ouvidos,quase saio a dançarno meio de estranhos,sou tão tímido,mas como te amarme faz tãoreceptivoe estridente?São coisasda tua magia. Marés […]
Ando naquelaruaonde as amargurasgritam nas janelas,andoe me sinto rodeado,sintoa falta dos braços,sinto o calorque me foge,procuro pontos,procuro sóis,mas os teus olhossão os meus faróis,olho-te,respiro,atravesso a quadrae posso voar novamente.
O confronto Correcorregritaapanhaqueimavêfoge,foge! Sussurrapermitevênão vêcorrechoragritaexplodechoraoramorre. A distância do nãoao desgostoé menor que da boca à orelha.
Importância da família, lutas pessoais dos protagonistas e representatividade são temas de destaque entre os concorrentes O evento mais aguardado do ano para os amantes de cinema está chegando: o Oscar 2022. A premiação, realizada anualmente em Los Angeles, na Califórnia, conta com cinco produções indicadas na categoria de Melhor Animação. O Cultura Plural apresenta […]
Guia de instruções Muita pressapara pouco tempo,a frase que eu começonunca… Correr e correrpara tentar alcançaruma vontade, um momento,o que eu quero… O tempo não para,quando eu fecho os olhossinto como seeu pudesse… Escrevo e corro,corro por medo,medo de morrerou medo de…Medo…
Ouço, somente A chuva escorrendo em meu olharé um sinal da minha solidãoa nuvem paira em mimsou um instante de escuridãosou a força sem saber. O sol que tudo arrebataestá diante da minha janelatudo não passa decheiro da terra molhadameu coração disparadoserá que não posso morrer em paz? O calor no rostosinto-me vivoum último instante […]
Injustiça por todos os lados,a morte ronda as vielas,o menino brincava na ruaquando foi baleado pela polícia,o menino brincavae morreu,o meninoque deixou de ser,foi mortosem julgamentoe ninguém lembrará. O menino foi mortoperto de casae seu corpoainda está estendido no chão.