Ao conhecer alguém, me ponho a encontrar
Qualidade onde não há
Como ao me apaixonar, me ponho a procurar
Defeitos ao viés de evitar
Essa ideia de descrença é balela, vendida pelo trauma de outrora, é a estratégia da fase
O dia em que o elogio que pulsar da tua boca me excitar mais do que teu corpo sem roupa, kamikaze
O conflito não é arte, mas minha guerra é sim poesia
Ao despir-me da verdade, arranca do meu sangue também a mentira
Cobra de si mesma o ar que respira
Culpa a troca da cobra pela pele macia
Não há razão para teus pesadelos fugirem do sincero do teu próprio entorno
Como teu espelho não foge do encontro com teu supremo monstro
Mordisca a ponta da fita, me beije em listras
Como escama no mar ou como discussão restrita, reflita
Eu que não te amo e você que não me liga?
A liga da tua alma à minha só aparta se maldita.