O casal em frente ao vidro
Os lustres coloridos
Ao ouvir o grave no ouvido
Ouço o nome sofrido
Me perdi como um artista
E ao velejador marista
Desejo aquele vis à vista
Que neguei ao barista
Escrevo com A de Atlântico
Que meu eu romântico
Me vi matar aos cânticos
Amar e assassinar
Como jovens em um show
Uma sala me aclamou
Meu eu lírico é quem lucrou
Tal a lira que os tocou
Na ponta da lente, fotografia
Indistinta sabedoria
Um convite em sintonia
Comum à covardia
Mas ai de mim se resolver
Pronunciar por valer
O que só sei ao escrever
Sumir e padecer.