Posso te escrever mil poemas e isso não quer dizer que eu te ame.
Só quer dizer que você passa muito tempo dentro da minha cabeça.
Às vezes eu só escrevo demais por aquilo que sinto não poder dizer.
Não é minha maior inspiração, é algo que minha mente não quer que eu esqueça.
Daquilo que pensas, no final eu pego o jeito
Louca, doidinha, pirada… Tudo bem assim
Desde que não seja por qualquer sujeito
Não sou louca por ninguém além de mim
O especial que habita em meu ser, especializada em transpor ao papel aquilo que dói
Nos confins do mundo, se precisar descrever quem sou, não há nada de super-herói
Heróico seria se eu me colocasse em primeiro lugar
Tanta coisa eu haveria de ter salvo se soubesse de fato amar
E se o passado do meu futuro viesse, então, me assombrar…
Saberia eu, ao invés de erguer muros, afinal os derrubar?
E aliás, quão útil seria ter os portões abertos?
Eu conseguiria fugir, como tal pássaro liberto?
Funcionaria saber desde sempre o caminho certo?
Talvez, o que me excita a seguir é o que é incerto.