Por Jessica Grossi
Teresinha Semkiw, servidora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), voltou do recesso de 15 de novembro com uma surpresa em sua sala de trabalho. Um ninho de sabiás-laranjeiras havia se formado em três dias. “A bagunça estava feita quando voltei”, conta a servidora.
A mãe dos filhotes fez seu ninho nos Arquivos da UEPG, dentro da sala de Teresinha. Logo os três passarinhos nasceram e ficaram por lá. Teresinha conta que mudou seu local de trabalho para não incomodar os filhotes e a mãe que parecia preocupada.
A servidora documentou todo o processo. “Tenho fotos deles desde pequenos”. Teresinha relembra que os filhotes andavam por todo o arquivo e se aproximavam dela. “Tem um deles que é muito esperto. Mas eu nunca vi nada assim antes, de fazerem ninhos tão próximos das pessoas”.
O professor de Biologia na UEPG e pesquisador de comportamento animal, Denilton Vidolin, explica que é comum essa aproximação dos sabiás-laranjeiras com os seres humanos, pois eles são bem adaptados ao ambiente urbano.
Após um mês do nascimento, os passarinhos já voavam até as janelas do Arquivo, que tem a altura de 2,40 metros. No dia 16 de dezembro, a família de sabiás-laranjeiras se mudou dos arquivos para uma árvore próxima.
Mãe fez seu ninho nos Arquivos da UEPG | Foto: Teresinha Semkiw/Arquivo Pessoal