Espetáculo Rapunzel ganha vida no palco através da escola Eleveé
Por Ingrid Muller, Lucas Jolondek e Yasmin Aguilera
A magia dos contos de fadas encontrou a leveza da dança no mais recente espetáculo da escola Elevée, que transformou a clássica história de Rapunzel em uma produção no castelo medieval nos dias 11 e 12 de outubro.
Aline Tramontin Almeida, coreógrafa do espetáculo, conta que a ideia de adaptar Rapunzel para a dança partiu de um desejo da equipe de direção de explorar o conto. “Sempre alguém da equipe tem uma ideia, de algo que gosta, ou que tem mais curiosidade em saber como isso seria passado através da dança”, explica.

O grande desafio, no entanto, foi garantir que a narrativa fosse compreendida em sua nova linguagem. “Acredito que trabalhar as cenas para que o público assistindo consiga entender o que estamos tentando transmitir. Acho que esse sempre é o desafio”, afirma Aline.
A produção utilizou uma variedade de estilos, incluindo ballet clássico, jazz, dança contemporânea e dança acrobática, que combinaram com uma trilha sonora cuidadosamente selecionada. “A trilha sempre influencia. Acho que é uma união de coisas, a trilha, os passos, a expressão do que queremos passar em cada coreografia, figurino, tudo é um conjunto”, ressalta a coreógrafa.

O processo de criação levou cerca de um ano desde a ideia principal, com quatro meses dedicados intensamente às coreografias, ensaios e correções. Para o elenco, mergulhar na história de Rapunzel exigiu dedicação e estudo. A personagem principal foi interpretada em duas fases por diferentes bailarinas.
Isis Maria Palmonari Pereira, que pratica ballet há três anos, viveu a Rapunzel criança. Para ela, a preparação foi um processo de grande alegria. “Fiquei muito animada e alegre, pois seria um papel especial”. Seu maior desafio foi controlar a ansiedade. A jovem buscou transmitir as emoções da personagem com um sorriso e tranquilidade ao realizar os passos.

Já a Rapunzel adulta foi interpretada por Maria Clara Rosas, uma bailarina com 17 anos de experiência. Ela destacou a complexidade de dar vida à essência da personagem. “Trazer a essência dos personagens é algo desafiador. Existe muito estudo e prática”, revela. O estudo incluiu assistir ao filme várias vezes.
O espetáculo inovou ao integrar o diálogo à dança, um ponto desafiador para Maria Clara. “Decorar as falas com certeza foi algo muito desafiador. Estamos acostumados a interpretar somente com a dança e ter que trazer o diálogo em conjunto foi algo novo”, explica. Para transmitir a história e as emoções, além dos passos, a bailarina focou nos gestos e expressões faciais.

Aline, que trabalha com alunas de 3 a 45 anos, enfatiza o trabalho especial com as crianças. Ela explica que o elenco infantil traz o brilho dos contos de fada, mas exige uma abordagem lúdica. “Você precisa fazer eles entenderem de maneira lúdica qual personagem estão representando, e eles vivem aquilo dentro e fora de sala”, finaliza.
