A plenária final do Fórum de Cultura aconteceu na noite de ontem, no grande auditório da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e reuniu 29 pessoas. Os conselheiros presentes discutiram e adaptaram as propostas apresentadas nas reuniões setoriais, que embasaram o Plano Municipal de Cultura. As diretrizes não discutidas durante a agenda da semana foram abordadas e definidas.
A plenária foi interrompida por uma indicação do historiador Fábio Mauricio Maia, do setor de música. O historiador, que está coletando materiais documentais para a realização de uma pesquisa que deverá resultar em livro sobre a banda Lyra dos Campos, relatou que encontrou materiais e equipamentos no porão da Casa da Dança. “Fui até o local para verificar o estado deste acervo e tudo estava no porão. Me preocupou muito que as fontes documentais se perdessem, por não estarem em um local apropriado; não tem só documento lá, tem equipamentos também, troféus, fotos”. Fábio indicou a criação de um museu ou memorial da música e a proposta foi aprovada como diretriz para a área da cultura.
Para a conselheira do segmento de música, Georgeana Lanzini Vendrami, a indicação do historiador é fundamental para a preservação da identidade musical da cidade. Sobre as discussões da semana, Georgeana relata que foram válidas, mas que ainda precisam ser mais debatidas. “Acho que tem muito ainda a discutir e desenvolver, mas acredito que só o fato de estarmos construindo o nosso primeiro plano municipal de cultura é um ganho para a cultura ponta-grossense”.
Márcia Dropa, do segmento de Patrimônio Cultural, defende que as discussões foram válidas e que percebe uma maior integração e preocupação dos vários setores da cultura com as temáticas abordadas. “Ontem discutimos o patrimônio cultural e hoje ele apareceu na plenária final e acho importante, porque pela primeira vez estou vendo o envolvimento dos artistas com o patrimônio cultural”, avalia.
O assessor de imprensa da Fundação Municipal de Cultura, Eduardo Godoy, fez um balanço da semana e destacou a importância das discussões na definição das prioridades do setor cultural da cidade. “Esse material vai ser de muita serventia, tanto para o gestor publico como também para os outros entes envolvidos, universidades, produtores culturais. E também para que entendam o que a cidade precisa para o setor cultural nos próximos 10 anos”.