Por Amanda Stafin
Por Amanda Stafin e Fabrício Zvir
Vinte anos não se contam apenas pelo calendário, mas pelas histórias que se entrelaçam, pelas pessoas que se encontram e pelos futuros que se constroem coletivamente. Foi com esse espírito que a Incubadora de Empreendimentos Solidários (IESol) celebrou, nos dias 24 e 25 de setembro, sua trajetória de duas décadas na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Mais do que uma comemoração, o evento reafirmou o compromisso da incubadora com a Economia Solidária, fruto de uma caminhada que já resultou em 45 empreendimentos incubados.
A programação começou no dia 24, no Auditório da SECISA, com uma apresentação cultural e a socialização de saberes produzidos pelas pesquisas e projetos de extensão ligados à IESol. O momento foi marcado pela conferência de abertura ministrada pelo educador popular Luis Alves Pequeno, além da exposição “Retratos Ambientais”, realizada em parceria com o projeto Lente Quente, que trouxe reflexões sobre a relação entre sociedade e meio ambiente.
No dia seguinte, as atividades tiveram início com uma visita técnica e um encontro com representantes da Rede de Incubadoras Universitárias de Apoio e Fomento à Economia Solidária do Paraná (RIU-PR). A celebração se estendeu ao Hall do Bloco B do Campus Centro, onde uma Feira Especial de Economia Solidária reuniu práticas, saberes e afetos. O espaço contou com bingo, clube de trocas, apresentações culturais (como o Coral UATI), oficina de fitoterapia e um sarau, além do Café Solidário, em que os participantes partilharam pratos doces e salgados em um gesto simbólico de convivência e cooperação.
Para Adriano da Costa Valadão, membro da coordenação técnica da IESol, a celebração marca também o sentido político e social da incubadora. “A IESol é mais do que um programa de extensão, é um espaço de militância dentro da universidade, que fortalece a Economia Solidária e a Agroecologia ao lado dos movimentos sociais”, destaca.
Ao completar 20 anos, a IESol reafirma seu papel como espaço de resistência, aprendizagem e inovação social. Mais do que incubar empreendimentos, a iniciativa cultiva relações de solidariedade e esperança, abrindo caminhos para que a economia seja vivida de forma mais justa, coletiva e humana.