GTPG expõe a hipocrisia social na peça O beijo no asfalto
agosto 14, 2025
Categorias: Artes Cênicas;

GTPG expõe a hipocrisia social na peça O beijo no asfalto


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Por Ingrid Muller, Lucas Jolondek e Yasmin Aguilera

Uma leitura dramática que aborda temas sensíveis como preconceito, a hipocrisia e a manipulação midiática. A Estação Hub recebeu, na última quinta (07/08), a segunda mostra de teatro do Grupo de Teatro de Ponta Grossa (GTPG), com a apresentação de um novo elenco, em uma releitura da obra O beijo no asfalto, de Nelson Rodrigues. Além de revisitar o clássico, a peça trouxe diálogos adaptados à realidade atual.

Foto: Ingrid Muller

A obra de Nelson Rodrigues é conhecida por trazer reflexões sobre a moralidade e o comportamento social. Ela se desenrola a partir de Arandir, um bancário que após presenciar um atropelamento, realiza o último desejo da vítima, um beijo. O beijo entre dois homens se torna um grande escândalo. Após o acidente, um repórter sensacionalista e um delegado se envolvem na vida do bancário com desconfiança e preconceito.

O diretor do espetáculo, Carlos Alexandre de Andrade, afirma que a obra pode deixar as pessoas desconfortáveis, mas traz questões sociais para discussão e crítica. “Nelson Rodrigues buscava trazer as vísceras da sociedade, o que gerava um desconforto e é justamente isso que faz a peça ser atual, por conta do desprazer do espectador com a realidade”, destaca o diretor. 

Para a espectadora Maiara Ferreira, a experiência da apresentação foi imersiva. “Parecia que eu estava vivendo junto. Os atores não saíram do lugar, mas eu estava vendo e imaginando tudo que eles falavam. Eu entrei dentro de cada cena”, contou. Ela relata que parte da experiência se deui pelo cenário montado e a encenação dos atores.

Foto: Yasmin Aguilera
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Ingrid Muller

Ingrid Muller

Olá, me chamo Ingrid Muller! Desde sempre fui fascinada por escrita e fotografia. Sou movida pela paixão de cobrir pautas culturais, especialmente espetáculos teatrais e de dança. Acredito no poder das palavras para revelar o que poucos enxergam e transformar em lindas matérias as histórias que o mundo insiste em calar.

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