Por Ingrid Muller, Lucas Jolondek e Yasmin Aguilera
O Sakura Matsuri, conhecido popularmente por Festival das Cerejeiras, foi celebrado nos dias 2 e 3 de agosto no Clube da Associação Cultural e Esportiva de Castro. O evento, que homenageia a florada das cerejeiras, ofereceu ao público uma programação diversificada com apresentações de taikô (tambores japoneses), exibição de artes marciais, vendas de produtos típicos, danças tradicionais como o Matsuri Dance e o encontro de cosplayers, um dos momentos mais esperados pelos jovens participantes.
Entre os visitantes, estavam as irmãs Paloma e Patrícia Portela, que estão inseridas no universo cosplay local. Paloma, que participa desde 2018, relembrou como tudo começou. “Eu era adolescente, comecei a pesquisar sobre os jogos que eu gostava e vi que tinha um pessoal que se fantasiava dos personagens. Fui entrando nesse universo e me encantei”.
Patrícia, irmã mais nova, disse que a paixão surgiu por influência direta. “Ela me levava junto para os eventos e eu achava incrível ver as princesas dos jogos que eu gostava. A gente parou um tempo, mas quando soubemos que teria um evento com cosplay na cidade, decidimos ir. Desde 2020 estamos mais inseridas nesse mundo”.
Para elas, o Sakura Matsuri vai além da diversão. “Acho bem legal por ser um ambiente mais aberto, com natureza, um clima familiar”, afirma Paloma. “Tem essa aura pacífica, que é muito boa para o universo cosplay. E é um jeito de aprender mais sobre a cultura japonesa”.
As irmãs destacam como o hobby impacta emocionalmente. “Foge um pouco da nossa realidade. No dia a dia eu sou uma pessoa, mas quando visto um cosplay todo mundo começa a me ver diferente. Parece que a gente vira a pessoa favorita de alguém”, destaca Paloma. “A gente sente o amor das pessoas pelos personagens”.
Durante o Sakura Matsuri 2025, o vendedor Fagner Miranda marcou presença com sua barraca de artigos orientais e souvenirs personalizados. No evento pelo segundo ano consecutivo, Fagner relata que a experiência foi positiva, principalmente pela grande movimentação do público.
Fagner destacou a importância do Sakura Matsuri como um espaço de vendas, mas também como um ponto de encontro entre diferentes expressões culturais. “Esse ano foi muito melhor que o anterior. Teve muito mais gente, e isso ajudou bastante nas vendas. O festival está crescendo e é muito gratificante fazer parte disso”, afirma.
Entre os expositores, estava também a artesã Edelmira Aparecida Stokler, que participou do festival pela terceira vez com sua banca de panos de prato pintados à mão. Com dez anos de experiência na pintura em tecido, ela compartilha que encontrou no artesanato mais do que uma profissão: “Eu trabalhei em outra coisa por 30 anos, mas a pintura sempre foi meu foco. Quando comecei, me apaixonei. É uma terapia”, conta.
Segundo Edelmira, além de proporcionar um rendimento mensal, a atividade também é um momento de relaxamento e realização pessoal. Sobre a participação no evento, ela se mostrou entusiasmada. “Eu adoro o Sakura. Os japoneses têm outra cultura e a gente aprende muito com eles”.