Dança que acalma

Foto: Ingrid Muller

Por Ingrid Muller, Lucas Jolondek e Yasmin Aguilera

A oficina de dança para mães e filhos, que integrou o evento Teatro da minha vila, reuniu mulheres na Vila 31 de Março no último dia 10. Conduzida pela coreógrafa Joice Aline Jorge, a atividade promoveu integração familiar, bem-estar e estímulo ao desenvolvimento motor das crianças, tudo isso por meio do movimento corporal e do afeto.

Joice, que é graduada em Dança e especialista em Desenvolvimento Motor Infantil, explica que a oficina foi pensada especialmente para atender às necessidades das mães de crianças pequenas. “Mães de filhos pequenos geralmente não têm tempo para si mesmas, nem mesmo para um banho com calma. Essa oficina proporciona um espaço para relaxar o corpo e abrir a mente”, destaca.

Segundo ela, a proposta da atividade é ser acessível e flexível, podendo ser praticada tanto individualmente quanto em companhia das crianças. “A ideia é que as mães possam repetir os movimentos em casa, sozinhas ou com os filhos, como um momento de conexão antes de dormir”, explica. Para Joice, o objetivo da oficina é ensinar práticas simples que ajudam a aliviar tensões da musculatura e promover o relaxamento físico e mental, especialmente diante da rotina intensa da maternidade.

A oficina foi especialmente marcante para participantes como a mãe Gisele Justiniano, que compartilhou sua experiência ao final da atividade. “Desde a pandemia eu não pratico nenhum esporte, nem caminho, só ando de carro. Quando fiz essa oficina, descobri músculos que eu nem sabia que existiam”, brinca. Segundo ela, apesar do desconforto inicial causado pelo alongamento de áreas do corpo pouco estimuladas, a sensação de alívio e relaxamento foi imediata. “No começo doeu um pouco porque estava tudo travado, mas depois senti que relaxou muito”, completa.

Gisele refletiu sobre como o acesso a esse tipo de prática teria feito diferença durante os primeiros anos da maternidade. “Se eu tivesse conhecido essa atividade antes, teria tirado um peso absurdo das minhas costas, literalmente. A gente sente muita dor na coluna, na lombar, por carregar criança o tempo todo, inclusive enquanto faz as tarefas domésticas”, afirmou.

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