Por Cultura Plural
Por Emanuelle Pasqualotto
O 23° Encontro Nacional de Ensino em Jornalismo (ENEJor) discutiu, em uma das mesas do evento – Ensino do fotojornalismo: pedagogia, gênero, memória e convergência – características do fotojornalismo. O evento aconteceu na última semana de abril na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba. Com mesas de debate, oficinas e apresentações de trabalho, o ENEJor atraiu jornalistas e estudantes da área. Mediada por Agda Aquino e Lisbeth Oliveira, a mesa sobre fotojornalismo contou com a participação de Heloisa Nichele e Rafael Schoenherr.
Na abertura da mesa, Agda enfatizou os desafios da formação para novos jornalistas. “Essa talvez seja a geração de jornalistas que mais necessita de uma formação para o jornalismo visual quando comparado a gerações anteriores”. A jornalista afirma que vivemos em uma imersão visual, da qual o jornalismo faz parte, de uma forma que as outras gerações não viveram e que o fotojornalismo é um gênero por si só, não um suporte para o jornalismo.
Heloisa Nichele explorou os tópicos gênero e memória. A fotógrafa ressaltou o trabalho das fotógrafas paranaenses Lucilia Guimarães e Lina Faria. Heloisa destacou a cobertura fotográfica feita por Lucilia de um ciclo grevista de trabalhadores e estudantes que ocorreu em Curitiba durante a ditadura militar. “A partir do fotojornalismo, conseguimos pensar em uma memória coletiva que reflete as narrativas da sociedade ao longo do tempo”.
Para finalizar a mesa, Rafael Schoenherr, professor do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), apresentou um dos projetos de extensão de fotojornalismo do curso, o Lente Quente. Foram pontuadas as parcerias do projeto, os fotógrafos formados e o modo de produção que o Lente Quente realiza para os estudantes terem contato direto e prático com o fotojornalismo.