Por Duda Macedo
Por Duda Macedo, Erika Vibly, Lorena Rocha e Millena Zampieri
O Phono Pub recebeu, no último sábado (15), o 2º Festival Marielle Presente. O evento tinha como objetivo honrar a memória e luta de Marielle Franco pela negritude e coletividade através da exposição de artes locais e também do sarau Grito de Poetas. A organização foi feita pelo coletivo 4P (Pode Para o Povo Preto), com o apoio do coletivo Feminismos em Luta.
O movimento 4P é um coletivo que atua na defesa dos direitos da população negra, de caráter anticapitalista e que luta pela justiça por Marielle. “É sobre justiça, é sobre luta, é sobre afeto e é sobre acolhimento”, destaca a artista Ester Camargo, que se autointitula Tinta Preta.Tinta Preta foi uma das organizadoras do evento e suas obras retrataram uma euforia de sentimentos internos. Fazer parte do coletivo de organização do festival representou, para ela, um marco de retomada e resistência na luta pelos direitos humanos, além de uma oportunidade para somar experiências.
Tinta Preta afirma ser uma das sementes plantadas por Marielle. A artista fez questão de relembrar a execução de Marielle Franco com uma pergunta ainda silenciada: quem mandou matar Marielle? Para Tinta Preta, a cultura preta é uma cultura totalmente brasileira e tem o potencial de aproximar e unir a comunidade preta e racializada.
O slam contou com a presença de artistas como a poeta Triz. Para ela, é gratificante ocupar espaços que divulgam a cultura marginal de Ponta Grossa. “Participar do sarau, ainda mais como poetisa convidada, só amplifica o meu conhecimento e experiência como poetisa e participante. É um ambiente onde ocorrem trocas de ideias e, mais importante, é um ambiente inclusivo”.
Além do slam, o evento também abriu espaço para que todos pudessem usar o microfone e recitassem poesias autorais ou de outros escritores. Autores e artistas locais puderam se expressar livremente enquanto divulgavam suas artes.