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“A maravilhosa princesa das bolinhas”: o lúdico do imaginário de quem mais imagina
Companhia de Santa Catarina trouxe aos palcos do Fenata obra que mescla visualidade e imaginação
Por Julia Almeida
Foto: Larissa Viero Por Julia Almeida, Larissa Viero e Matheus de Lara
Inspirada nas obras da artista japonesa Yayoi Kusama, o espetáculo A maravilhosa princesa de bolinhas, dirigido por Hedra Rockenbach, mistura atuação não verbal e elementos audiovisuais. A peça foi apresentada na quarta-feira (13/11), no último dia do 52° Festival Nacional de Teatro, no Grande Auditório da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Esse foi o décimo quarto espetáculo montado pela Téspis Cia de Teatro, sediada em Itajaí (SC), voltado para o público infantil.
A maravilhosa princesa de bolinhas é um solo de Denise da Luz, atriz e também produtora da peça. Denise explica o uso das cores chamativas e inteligência artificial para causar um ambiente imersivo para as crianças. “A gente queria que o espetáculo fosse uma espécie de imersão, uma experiência, que também entrasse por outros sentidos, não só o intelectual”. A atriz afirma que o universo lúdico faz parte do universo infantil. A obra não tem a pretensão de impor lições de moral para as crianças, pois elas são plenamente capazes de entender a sua própria maneira de ver o mundo.
A professora e espectadora Andrielly Camargo considera que peças como a de Denise são muito importantes para o desenvolvimento das crianças, pois a forma como a obra mostra cultura e informação é algo que elas geralmente não encontram cotidianamente. “A proposta é bem lúdica, o que é muito propício para a idade das crianças. A interação da atriz com o público durante a apresentação faz com que as crianças se prendam ainda mais no espetáculo”.
Após o fim da peça, aconteceu uma roda de conversa entre Denise e o público, em que a diretora ressaltou a importância de passar uma mensagem também para os adultos, já que quem leva a criança ao teatro é o adulto, que também precisa se divertir. “Procuramos elaborar obras que tenham essas camadas de leitura e de relação”, completa a artista.
Julia Almeida
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